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Título: Efeito das nanopartículas contendo itraconazol e recobertas com manose sobre leishmaniose visceral estudo in vitro
Autor(es): Biswaro, Lubhandwa Sebastian
Orientador(es): Azevedo, Ricardo Bentes de
Assunto: Leishmaniose visceral
Nanopartículas
Fármacos
Data de publicação: 11-Mai-2016
Referência: BISWARO, Lubhandwa Sebastian. Efeito das nanopartículas contendo itraconazol e recobertas com manose sobre leishmaniose visceral estudo in vitro. 2016. xv, 74 f., il. Tese (Doutorado em Biologia Animal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumo: A leishmaniose é uma doença negligenciada causada por um protozoário leishmania e é transmitida por flebotomíneos. Está doença acomete mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. Os medicamentos de primeira linha utilizados para tratar esta doença foram os antimoniais, os quais possuem resistência e apresentam efeitos colaterais severos. O Itraconazol é um antimicótico que também é usado no tratamento de leishmaniose. No presente estudo, o Itraconazol foi encapsulado em nanopartículas utilizando o co-polímero láctico co-ácido glicólico (PLGA) e recobertas com manose. Estas nanopartículas foram caracterizadas e testadas em ensaios de citotoxicidade e atividade anti-leishmania. As nanopartículas de PLGA vazias apresentaram um diâmetro hidrodinâmico médio de 220 nm ± 27 e um potencial zeta de -1,1 mV ± 0,7, enquanto nanopartículas de PLGA com itraconazol recobertas com manose (PLGA ITZ manose) apresentaram 263 nm ± 12,6 e -1,9 mV ± 0,5. Por meio do ensaio de MTT, a citotoxicidade das nanopartículas vazias foi de 13,7% e 12,6% para as células THP-1 e J774, respectivamente, enquanto PLGA ITZ manose foram de 1% e 20,7% para as células THP-1 e J774, respectivamente. A análise da atividade anti-leishmaniose foi avaliada pela redução do número de células que continham mais de 20 amastigotas intracelulares e observou-se que PLGA ITZ manose a 0,1 mM e de PLGA ITZ a 0,2 mM reduziram o percentual de amastigotas intracelulares de 34,6% para 13,7 % ± 2,8 e 5,7 % ± 2,1 (p<0,05), respectivamente, para L (V.) panamensis. Já para L (L.) infantum, a atividade leishmanicida de PLGA ITZ manose e nanopartículas de PLGA ITZ conseguiu reduzir os amastigotas de 16,7% para 4,8% ± 2,8 e 8,3% ± 0,3, respectivamente. Para L (L.) braziliensis, a atividade leishmanicida de PLGA e PLGA ITZ manose houve uma redução dos amastigotas com diferença estatistíca significativa (p <0,05) de 68,6% para 28 ± 2,4% e 21,1% ± 4,6, respectivamente. As três cepas testadas responderam de forma diferente para as nanoformualções de PLGA contendo itraconazol com ou sem manose. As nanopartículas de PLGA carregadas com itraconazol revestidas com manose conseguiu reduzir mais amastigotas de L (L.) infantum, enquanto que nanopartículas de PLGA com itraconazol sem manose conseguiu reduzir mais amastigotas intracelulares de L (V.) Panamensis e L. (L.) braziliensis. O fato das nanopartículas de PLGA contendo itraconazol revestidas com manose terem apresentado uma maior eficácia na redução das formas amastigotas de L (L.) infantum, foi possivelmente devido à adição de manose a nanoformulação. Como recomendação sugere-se que sejam realizados estudos in vivo das nanopartículas de itraconazol revestidas com manose para investigar e/ou confirmar o potencial dessas nanopartículas.
Abstract: Leishmaniasis is a neglected disease caused by the protozoa Leishmania and is transmitted by sand flies. This disease affects over 350 million people worldwide. The first-line drugs used to treat this disease were antimonials, which resistance and severe side effects have been associated with. Itraconazole is an antifungal which is also used in the treatment of leishmaniasis. In the present study, Itraconazole was encapsulated in nanoparticles using the copolymer lactic co-glycolic acid (PLGA) and coated with mannose. These nanoparticles were characterized and tested in cytotoxicity assays and anti-leishmania activity. The empty PLGA nanoparticles had a mean hydrodynamic diameter of 220 nm ± 27 and a zeta potential of -1.1 mV ± 0.7, while PLGA nanoparticles coated with mannose itraconazole (ITZ mannose PLGA) were 263 nm ± 12, 6 and -1.9 ± 0.5 mV. By means of the MTT assay, cytotoxicity of empty nanoparticles was 13.7% and 12.6% for THP-1 cells and J774, respectively, while PLGA ITZ mannose were 1% and 20.7% for the cells THP-1 and J774, respectively. The analysis of anti-leishmanial activity was evaluated by the reduction in the number of cells containing intracellular amastigotes more than 20 and it was noted that the PLGA ITZ 0.1 mM mannose and PLGA ITZ 0.2 mM reduced the percentage of intracellular amastigotes 34.6% to 13.7% ± 2.8 and 5.7 ± 2.1% (p <0.05), respectively, to L (V.) panamensis. As for L (L.) infantum, the leishmanicide activity of PLGA nanoparticles ITZ mannose and PLGA ITZ could reduce amastigotes from 16.7% to 4.8% ± 2.8 and 8.3 ± 0.3%, respectively. For L (L.) braziliensis, the anti-leishmanial activity of PLGA and PLGA ITZ mannose there was a reduction of amastigotes with statistically significant difference (p <0.05) from 68.6% to 28 ± 2.4% and 21.1% ± 4.6, respectively. The three strains tested responded differently to nanoformulation of PLGA containing itraconazole with and without mannose. The PLGA nanoparticles loaded with itraconazole coated with mannose could further reduce amastigotes L (L.) infantum, while PLGA nanoparticles with itraconazole without mannose could further reduce intracellular amastigotes L (V.) panamensis, and L. (L.) braziliensis. The fact that PLGA nanoparticles containing itraconazole coated with mannose have shown greater effectiveness in reducing amastigotes of L (L.) infantum, was possibly due to the addition of mannose to nanoformulação. As a recommendation is suggested that in vivo studies of itraconazole nanoparticles coated with mannose are carried out to investigate and / or confirm the potential of these nanoparticles.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Biológicas (IB)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, 2016.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições:Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2016.02.T.20164
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