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Título: Concentração e perfil genético da Cromogranina A e a sua correlação com os aspectos salivar, dental e status periodontal : um estudo transversal em portadores de diabetes mellitus tipo 2
Autor(es): Kogawa, Evelyn Mikaela
Orientador(es): Amorim, Rivadávio Fernandes Batista de
Coorientador(es): Rocha, Denise Pinheiro Falcão da
Assunto: Diabetes
Proteínas - análise
Periodontite
Saúde bucal
Data de publicação: 23-Mar-2016
Referência: KOGAWA, Evelyn Mikaela. Concentração e perfil genético da Cromogranina A e a sua correlação com os aspectos salivar, dental e status periodontal: um estudo transversal em portadores de diabetes mellitus tipo 2. 2015. 163 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: Introdução e objetivos: O Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas que frequentemente conduz a um comprometimento de saúde geral, incluindo alterações bucais. A Cromogranina A (CgA) é uma glicoproteína ácida e tem sido considerada um biomarcador da atividade simpática neural. Sua concentração pode estar associada tanto a alterações relacionadas ao DM quanto a algumas manifestações bucais da doença. O presente estudo teve como objetivos avaliar o efeito do DM2 nas funções salivares e nos indicadores clínicos de saúde bucal de acordo com o controle glicêmico dos pacientes e comparar a concentração e o perfil genético da CgA entre indivíduos não-diabéticos e pacientes com DM2. Método: Neste estudo transversal, 110 indivíduos de ambos os sexos foram divididos em três grupos: 36 pacientes com DM2 compensados, 36 com DM2 descompensados e 38 indivíduos nãodiabéticos (grupo controle). Foram avaliados a condição periodontal (profundidade de sondagem, índice de sangramento e perda de inserção clínica), índice de placa bacteriana, status de cárie dentária (índice CPOD), fluxos salivares e capacidade tampão. Amostras de saliva foram coletadas por meio do fluxo salivar total em repouso (STR), fluxo salivar total estimulado (STE) e fluxo salivar não estimulado da mucosa labial superior (SLS). As concentrações de CgA foram determinadas na saliva e no plasma com kits de ELISA, e dois polimorfismos de fragmentos de restrição da CgA (T-415C e Glu264Asp) foram analisados por reação em cadeia da polimerase. Os resultados foram analisados por meio do teste de Shapiro-Wilk, ANOVA a 1 critério com pós teste de Tukey, Kruskal-Wallis com pós teste de Dunn, testes t de Student, U de Mann-Whitney, qui-quadrado e coeficiente de correlação de Pearson (p<0,05). Resultados: Os níveis de CgA plasmática e salivar foram maiores nos grupos DM2 (p=0,019 e p <0,001, respectivamente). Pacientes com DM2 apresentaram menores taxas de fluxos SLS e STR, independentemente do controle glicêmico, em comparação ao grupo controle (p=0,002 e p=0,027, respectivamente). O grupo DM2 descompensados apresentou menores valores de STE (p=0,026) e maiores valores de capacidade tampão da saliva, índice de placa visível e sangramento à sondagem do que outros grupos (p<0,05). Nenhuma diferença foi encontrada para o índice CPOD (dentes cariados, perdidos e obturados) entre os grupos. Sítios com perda de inserção clínica (PIC) de 4 e 5-6 mm foram mais elevados em ambos os grupos diabéticos, em comparação ao grupo controle (p<0,05). O grupo DM2 descompensados apresentou sítios mais elevados de PIC ≥ 7 mm do que os outros grupos (p=0,001). Em ambos os grupos diabéticos, a profundidade de sondagem de 5-6 mm e a PIC 5-6 mm foram associadas a uma maior concentração de CgA salivar (p<0,05). Variantes genéticas da CgA (T-415C e Glu264Asp) revelaram diferenças entre diabéticos e controle quando associadas com menores taxas de fluxos salivares e com maior produção de CgA salivar (p<0,05). Conclusões: Os resultados indicam que maiores níveis de CgA plasmática e salivar são associados com os pacientes DM2. Os achados revelam que pacientes DM2 são mais suscetíveis a anormalidades na função das glândulas salivares e aos danos nos tecidos periodontais do que ao risco de cárie. Além disso, a taxa de fluxo STE e o grau de perda de inserção clínica deterioram significativamente com o pobre controle glicêmico de indivíduos com DM2. A elevada concentração de CgA salivar foi associada com condições periodontais piores e com o diabetes, e poderia estar relacionada com a patogênese de ambas as doenças. Este foi o primeiro estudo a verificar que polimorfismos da CgA podem estar associados com a hipofunção das glândulas salivares e com a maior produção de CgA nos pacientes DM2, e isso pode ser um indicador significante para se estabelecer o papel da CgA salivar como um potencial biomarcador clínico para o DM2.
Abstract: Background and objectives: Diabetes Mellitus (DM) is a group of metabolic diseases that often leads to a general health compromise, including oral health. The Chromogranin A (CHGA) is an acid glycoprotein and has been considered a biomarker of neural sympathetic activity. Its concentration can be associated with both changes related to DM and some oral manifestations of the disease. This study aimed to evaluate the effect of Type 2 Diabetes Mellitus (T2DM) on salivary function impairments and clinical oral health indicators according to glycemic control status and to compare the concentration of CHGA with its genetic profile among nondiabetic subjects and T2DM patients. Method: In this cross-sectional study, 110 individuals of both genders were divided into three groups: 36 patients with controlled T2DM, 36 with poorly-controlled T2DM and 38 nondiabetic subjects (control group). Periodontal status (probing depth, bleeding on probing and clinical attachment loss), plaque index, dental caries status (DMFT index), salivary flow rate and buffering capacity were assessed. Saliva samples were collected by means of unstimulated whole (UWS), stimulated whole (SWS) and unstimulated labial (ULS) salivary flow rates. CHGA concentrations were determined in saliva and plasma with ELISA kits, and two CHGA polymorphisms (T-415C and Glu264Asp) were analyzed by polymerase chain reaction-restriction fragment length polymorphism. The results were analyzed using Shapiro-Wilk test, ANOVA with post test 1 Tukey Test, Kruskal-Wallis with Dunn's post test, Student t test, Mann-Whitney test, chi-square and Pearson's correlation coefficient (p <0.05). Results: Higher plasma and salivary CHGA levels were found in T2DM groups (P=0.019 and P<0.001, respectively). T2DM patients presented lower ULS and UWS flow rates regardless of glycemic control status compared to controls (P=0.002 and P=0.027, respectively). Poorly controlled T2DM group exhibited lower values of SWS (P=0.026) and higher mean buffering capacity, plaque index and bleeding on probing than other groups (P<0.05). No difference was found to DMFT (decayed, missed and filled teeth) index between groups. Sites with clinical attachment loss (CAL) 4 and 5 to 6 mm were higher in both diabetic groups compared to control group (P<0.05). Poorly controlled T2DM group had significantly higher sites with CAL ≥ 7mm than other groups (P=0.001). In both diabetic groups, probing depths 5 to 6 mm and CAL 5 to 6 mm were associated with higher salivary CHGA concentration (P<0.05). CHGA gene variants (T-415C and Glu264Asp) revealed significant differences between diabetics and control subjects when associated with lower salivary flow and higher salivary CHGA production (P<0.05). Conclusions: Our findings also indicate an association between plasma and salivary CHGA levels and T2DM patients. The findings revealed that T2DM were more prone to periodontal tissue damage than to caries risk. T2DM causes abnormalities in the function of salivary glands; however, poorly-controlled T2DM has the most influence on SWS flow rates. The results also provide some evidence that the degree of attachment loss deteriorates significantly with poor glycemic control in T2DM (CAL ≥ 7 mm). Moreover, the results suggest that high concentration of salivary CHGA are associated with worse periodontal parameters and T2DM, and this could be related to the pathogenesis of both diseases. This was the first study to verify that the CHGA polymorphisms might be associated with salivary gland hypofunction and higher salivary CHGA production in T2DM patients, and this could be a significant insight to establish a role for salivary CHGA as a potential clinical biomarker to T2DM.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FMD)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-graduação em Ciências Médicas. 2015.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2015.12.T.19752
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