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Título: A metafísica e suas margens : a diferença entre Heidegger e Derrida
Autor(es): Zanello, Valeska
Assunto: Metafísica
Linguagem
Diferença (Filosofia)
Data de publicação: Jul-2008
Editora: Curso de filosofia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Campus Caicó, e do Grupo de Pesquisa Filosofia e Educação (UERN)
Referência: ZANELLO, Valeska. Metafísica e suas margens: a diferença entre Heidegger e Derrida. Trilhas Filosóficas, Caicó, v. 1, n. 2, p. 85-101, jul./dez. 2008. Disponível em: <http://periodicos.uern.br/index.php/trilhasfilosoficas/article/view/32>. Acesso em: 01 mar. 2016.
Resumo: Heidegger, em Ser e Tempo, anuncia sua intenção de destruição da metafísica. Tomando como base a diferença ontológica, Heidegger aponta na história da filosofia para o equívoco cada vez mais premente entre ser e ente, com um esquecimento do Ser, no qual este foi tomado como simples presença. Um problema que se apresenta então a Heidegger é a utilização da linguagem (com suas categorias metafísicas), para falar do ser de um modo não metafísico. Para Derrida, a diferença ontológica é, ainda, fruto de um pensamento metafísico, pois permanece dentro do binarismo tradicional “ser-ente”, além de manter a hierarquia na qual a questão do Ser seria a mais fundamental. Derrida desenvolve então a noção de différance, segundo ele, mais originária e arquiestrutural que a diferença ontológica. Para ele, a différance não teria nome na língua, ela seria inominável. No entanto, o que tenta Derrida senão falar deste inominável, ainda que tangencialmente? O muro é, aqui também, a própria linguagem. É possível fazer filosofia sem ser metafísico? O escopo desse artigo é debater os limites da crítica realizada à metafísica, apontando que ela seja possível, talvez, apenas na justa diferença dos pensamentos. __________________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Heidegger, in Being and Time, explains his ideas about the destruction of metaphysics. Based on the concept of ontological difference, he identifies that philosophy has historically made the mistake of interpreting the Being as simple objective presence. The difficulty that arises is how to use language (with its metaphysical categories) to talk about the Being from a non-metaphysical perspective. Derrida, who argues that the ontological difference is the result of metaphysical thought, offers another perspective. For him, Heidegger stays at the traditional binary Being-entities, maintaining the hierarchy in which the Being’s question is considered the most essential. Derrida then created the notion of différance, more original and arch-structural than ontological difference. In this sense, older than the Being, the différance would not have a name in language; rather, it could not be designated in language. However, is Derrida not trying to talk about this ‘unnamable’ throughout his writings? The limitation is the language itself as well. Is philosophy possible without metaphysics? The article aims to discuss the limits of the criticism on metaphysic. We suggest that the criticism is possible only in the strict differences in thought.
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da Universidade de Brasília (RIUnB) pela autora com permissão da revista para disponibilizar o artigo.
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