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Título: A reescrita da história em Calabar, o elogio da traição, de Chico Buarque e Ruy Guerra
Autor(es): Ribeiro, Elzimar Fernanda Nunes
Orientador(es): Dalcastagnè, Regina
Assunto: Literatura brasileira
Crítica literária
Teatro brasileiro
Buarque, Chico, 1944-
Guerra, Ruy, 1931-
Data de publicação: 18-Set-2009
Referência: RIBEIRO, Elzimar Fernanda Nunes. A reescrita da história em Calabar, o elogio da traição, de Chico Buarque e Ruy Guerra. 2002. 141 f. Dissertação (Mestrado em Literatura Brasileira)-Universidade de Brasília, Brasília, 2002.
Resumo: A peça teatral Calabar, o elogio da traição, de Chico Buarque e Ruy Guerra, foi escrita durante a fase mais repressiva da ditadura militar com a intenção de discutir o conceito de “traição” a partir do mito histórico erigido em torno de Domingos Fernandes Calabar, homem que auxiliou os holandeses a conquistar parte do nordeste brasileiro no século XVII. Ela deveria ter sido apresentada em 1973, mas devido à ação da censura, só foi encenada em 1980. Apesar de sua trilha sonora ter ficado famosa (destacando-se canções como “Tatuagem”, “Fado tropical” e “Cala a boca, Bárbara”), a peça não tem sido objeto de análises mais detidas. Geralmente, Calabar tem sido interpretada como uma crítica alegórica ao governo militar. Embora não neguemos tal leitura, pretendemos acrescentar uma outra ao comparar o texto de Buarque e Guerra com os textos citados por eles na bibliografia histórica presente até à 22a edição do livro. Examinando tais obras históricas, percebemos que Calabar as reescreve na forma de uma paródia carnavalesca, conforme definida por Mikhail Bakhtin, a partir da técnica de colagem. Assim, concentramos nossa atenção no questionamento que Buarque e Guerra fizeram não só do mito de Calabar em si, mas também do discurso histórico que lhe deu origem. Pudemos então perceber que, além de condenar a ditadura militar, Calabar ataca uma tradição cultural que possibilita que discursos autoritários sejam assimilados de forma eficaz pela sociedade brasileira. _____________________________________________________________________________________ ABSTRACT
The play Calabar, o elogio da traição, by Chico Buarque and Ruy Guerra, was written during the most repressive phase of the Brazilian Military Dictatorship with the intention of discussing the concept of "betrayal" starting from the historical myth that was erected around Domingos Fernandes Calabar, man that helped the Dutchmen to conquer part of the Brazilian northeast at XVII century. It should have been exhibited in 1973, but due to the action of the censorship, it was staged in 1980. In spite of its soundtrack has became famous (standing out songs as "Tatuagem", "Fado tropical" and "Cala a boca, Bárbara"), the play hasn't been object of more exhaustive analyses. Usually, Calabar has been interpreted as an allegorical critic to the military government. Although we don't deny such reading, we intended to increase another one, comparing Buarque and Guerra’s text with the texts mentioned by them at the historical bibliography present until the 22nd edition of the book. Examining these historical texts, we noticed that Calabar rewrites them like a carnival parody, as defined by Mikhail Bakhtin, using the technique of collage. Therefore, we concentrated our attention on the queries that Buarque and Guerra did about the myth of Calabar itself and also about the historical discourse that gave it origin. Then we could notice that, besides condemning the Military Dictatorship, the play Calabar attacks a cultural tradition that makes authoritarian discourses can be assimilated in an effective way by the Brazilian society.
Unidade Acadêmica: Instituto de Letras (IL)
Departamento de Teoria Literária e Literaturas (IL TEL)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2002.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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