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Título: | A tese da judicialização da saúde pelas elites : os medicamentos para mucopolissacaridose |
Outros títulos: | The thesis of judicialization of health care by the elites : medication for mucopolysaccharidosis |
Autor(es): | Medeiros, Marcelo Diniz, Debora Schwartz, Ida Vanessa Doederlein |
Assunto: | Medicamentos - aquisição Política de saúde |
Data de publicação: | Abr-2013 |
Editora: | ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva |
Referência: | MEDEIROS, Marcelo; DINIZ, Debora; SCHWARTZ, Ida Vanessa Doederlein. A tese da judicialização da saúde pelas elites: os medicamentos para mucopolissacaridose. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 4, p. 1089-1097, abr. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232013000400022&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 23 jan. 2014. |
Resumo: | O artigo avalia a hipótese de se a judicialização
de medicamentos para o tratamento das
mucopolissacaridoses no Brasil seria uma ação
das elites econômicas. Debatem-se estudos prévios
que defendem a tese da judicialização pelas elites
em outros medicamentos. Discute-se, a metodologia
desses estudos e as inferências dela derivadas
e o respaldo empírico dessa tese no caso de um dos
medicamentos judicializados de mais alto custo
para o SUS. Foram analisados os 196 processos
julgados entre fevereiro de 2006 e dezembro de
2010 que determinam a provisão gratuita dos medicamentos
para mucopolissacaridoses pelo Ministério
da Saúde. Há evidências de que os custos
advocatícios sejam financiados por entidades interessadas
nos resultados da judicialização, como
as empresas distribuidoras ou indústrias farmacêuticas,
de que pode haver migração dos pacientes
para diagnóstico e tratamentos em centros universitários
de referência para a inovação médica
no país, e de que a opção por serviços públicos se
dá por sua capacidade técnica e científica superior
à de outras instituições. Logo, a advocacia
privada, indicadores de exclusão social do local de
residência dos pacientes e uso de serviços públicos
não são informações de classe que corroborem ou
refutem a tese da judicialização pelas elites. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT This paper evaluates the hypothesis that the judicialization of medicine for mucopolysaccharidosis in Brazil is an action promoted by economic elites. Previous studies upholding the thesis of judicialization by elites in the case of other types of medication that are more costly for the Unified Health Service are discussed. An analysis of all 196 processes containing information about judicial processes brought to court between February 2006 and December 2010 that ended by determining that the State should provide such medication free of charge to patients was conducted. There is evidence that attorneys’ fees were covered by entities interested in the results of judicialization, such as the distributors or pharmaceutical industries. Patients may also be migrating for diagnosis and treatment to university centers that are a benchmark for medical innovation in the country, as the option for public health services is related to their higher technical and scientific capacity. Therefore, the resort to private lawyers, indicators of social exclusion based on the address of patients and the use of public health services, are not adequate class information to corroborate or refute the thesis of judicialization by the elites. |
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DOI: | https://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232013000400022 |
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