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Título: | Consequências da judicialização das políticas de saúde : custos de medicamentos para as mucopolissacaridoses |
Outros títulos: | Consequences of the judicialization of health policies : the cost of medicines for mucopolysaccharidosis |
Autor(es): | Diniz, Debora Medeiros, Marcelo Schwartz, Ida Vanessa Doederlein |
Assunto: | Medicamentos - aquisição Política de saúde |
Data de publicação: | Mar-2012 |
Editora: | Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz |
Referência: | DINIZ, Debora; MEDEIROS, Marcelo; SCHWARTZ, Ida Vanessa D.. Consequências da judicialização das políticas de saúde: custos de medicamentos para as mucopolissacaridoses. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 3, p. 479-489, mar. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2012000300008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 16 jan. 2014. |
Resumo: | O estudo analisa os gastos da judicialização de medicamentos
para a mucopolissacaridose (MPS), uma doença
rara, de alto custo, fora da política de assistência
farmacêutica e com benefício clínico. O levantamento
de dados foi realizado nos arquivos de 196 dossiês
que determinou que o Ministério da Saúde fornecesse
medicamentos no período entre 2006 e 2010, e nos
registros administrativos e contábeis do Ministério da
Saúde. A análise identifica sujeição do governo brasileiro
a monopólios de distribuição de medicamentos e,
consequentemente, perda de sua capacidade de administrar
compras. Também identifica que a imposição
da aquisição imediata e individualizada impede a obtenção
de economias de escala com a compra planejada
de maiores quantidades de medicamento, e impõe
dificuldades logísticas para o controle das quantidades
consumidas e estocadas. Conclui-se que a judicialização
decorre da ausência de uma política clara do
sistema de saúde para doenças raras em geral, e tem
como consequência gastos acima do necessário para o
tratamento. ________________________________________________________________________________ ABSTRACT This study analyzes expenditures backed by court rulings to ensure the public provision of medicines for treatment of mucopolysaccharidosis (MPS), a rare disease that requires high-cost drugs not covered by the Brazilian government’s policy for pharmaceutical care and which have disputed clinical efficacy. The methodology included a review of files from 196 court rulings ordering the Brazilian Ministry of Health to provide the medicines, in addition to Ministry of Health administrative records. According to the analysis, the “judicialization” of the health system subjected the Brazilian government to a monopoly in the distribution of medicines and consequently the loss of its capacity to manage drug purchases. The study also indicates that the imposition of immediate, individualized purchases prevents obtaining economies of scale with planned procurement of larger amounts of the medication, besides causing logistic difficulties in controlling the amounts consumed and stored. In conclusion, litigation results from the lack of a clear policy in the health system for rare diseases in general, thereby leading to excessive expenditures for MPS treatment. |
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DOI: | https://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000300008 |
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