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Título: Política agrícola e intermediação financeira no período de 1965 a 1990 : conflito entre diferentes lógicas econômicas no SNCR
Autor(es): Guimarães, Tiago Parreira de Carvalho
Orientador(es): Valente, Ana Lúcia Eduardo Farah
Assunto: Crédito agrícola - Brasil
Agricultura e Estado - aspectos econômicos - Brasil - 1965-1990
Economia agrícola - Brasil
Bourdieu, Pierre, 1930-2002 - crítica e interpretação
Weber, Max, 1864-1920
Data de publicação: 14-Ago-2013
Referência: GUIMARÃES, Tiago Parreira de Carvalho. Política agrícola e intermediação financeira no período de 1965 a 1990: conflito entre diferentes lógicas econômicas no SNCR. 2013. 146 f., il. Dissertação (Mestrado em Agronegócios,)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
Resumo: O presente estudo tem como objetivo compreender como se deu o conflito entre duas diferentes lógicas econômicas sobre o crédito rural no período que vai de 1965 a 1990 e quais pressupostos sustentavam a busca de legitimidade dessas lógicas e o consequente controle sobre as diretrizes da política do crédito rural. Adotou-se como referencial teórico elementos da Teoria Geral dos Campos de Pierre Bourdieu conjugado com proposições de Max Weber sobre racionalidade da gestão econômica. Este procedimento foi possível pela ênfase que os autores dão a questão dos conflitos entre interesses antagônicos dos agentes sociais. Isto permitiu propor a explicação do SNCR como uma proposta política de modernização do setor agrícola brasileiro que tem a origem de seus conflitos e disputas em um antagonismo de interesses construídos sobre diferentes percepções econômicas. Este estudo adota a pesquisa documental e bibliográfica e entrevistas presenciais semiestruturadas como procedimento analítico. Tratamos basicamente das duas principais “crenças econômicas” no crédito rural como sendo derivadas de diferentes padrões de racionalidade econômica. Estas geram lógicas de atuação, ou estratégias, de disputa sobre a forma e finalidade do financiamento que seguiu a trajetória prescrita por Max Weber, no sentido do desenrolar histórico ser na direção de uma gradual racionalização formal em detrimento das expectativas dos agentes valorativos, submetidos as forças mais amplas da política econômica nacional, situação típica de sociedades modernas. A análise ressalta uma oposição previsível entre, de um lado, os agentes portadores de uma racionalidade formal ligados às autoridades monetárias controladoras das fontes de recursos da política de crédito. Por isso conseguiam submeter o SNCR as diretrizes da política macroeconômica tornando o crédito rural um subcampo extremamente susceptível as conjunturas macroeconômicas. A força e legitimidade dos “formalistas” derivavam dos argumentos técnicos de cunho fiscal e monetário. São os indivíduos ligados a esse grupo que conseguiram predominância dentro do BB e transitaram com maior facilidade entre governo e banco, tornando os funcionários “valorativos” quadros anacrônicos da instituição. De outro lado, os agentes mais valorativos orbitavam em torno da política agrícola, principalmente, as organizações ruralistas que formavam grupos de pressão junto aos parlamentares ligados ao setor, que se utilizavam de maneira geral a noção de serviço público para manter as características econômicas do crédito rural. Nesse mercado representavam o papel de demandantes. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT
This study aims to understand how was the conflict between two different economic logics of rural credit in the period from 1965 to 1990 and assumptions which supported the search for legitimacy of logical and consequent control over policy guidelines for rural credit. It was adopted as theoretical elements of the General Theory of Fields of Pierre Bourdieu conjunction with Max Weber's propositions about rationality of economic management. This procedure was made possible by the emphasis that the authors give the issue of conflicts between antagonistic interests of social agents. This allowed propose the explanation of SNCR as a policy proposal to modernize the Brazilian agricultural sector which has the origin of conflicts and disputes in an antagonism of interests built on different economic perceptions. This study adopts the bibliographic and documentary research and semi-structured face to face interviews as analytical procedure. We deal basically the two main "economic beliefs" in rural credit as being derived from different patterns of economic rationality. These generate logics of action or strategies of dispute over the shape and purpose of the funding that followed the path prescribed by Max Weber, in the sense of unfolding history is toward a gradual rationalization rather formal agents' expectations evaluative, submitted the broader forces of national economic policy, a situation typical of modern societies. The analysis highlights a predictable opposition between; on the one hand, agents bearing a formal rationality linked monetary authorities controlling the sources of funds of the credit policy. So could submit the SNCR guidelines macroeconomic policy making rural credit a subfield extremely susceptible to macroeconomic conjunctures. The strength and legitimacy of the "formalist" derived from technical arguments of fiscal and monetary nature. Individuals are connected to this group who managed predominance within the BB and moved with ease between government and bank officials making "evaluative" frames anachronistic institution. On the other hand, the agents more evaluative orbited agricultural policy, especially ruralists organizations that formed pressure groups together parliamentarians linked to the sector, which used to be the general notion of public service to keep the economic characteristics of rural credit. In this market accounted for the role of plaintiff.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Programa de Pós-Graduação em Agronegócios, 2013.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronegócios
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