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Título: Transformações do colonialismo na constituição territorial do baixo rio Guaporé, em Rondônia : uma etnografia do procedimento de identificação e delimitação da Terra Indígena Rio Cautário
Autor(es): Nogueira, Bianca Coelho
Orientador(es): Barretto Filho, Henyo Trindade
Assunto: Demarcação de terras
Direito indígena
Direitos territoriais indígenas
Territorialidade
Colonialidade do poder
Direito e Antropologia
Data de publicação: 15-Out-2025
Referência: NOGUEIRA, Bianca Coelho. Transformações do colonialismo na constituição territorial do baixo rio Guaporé, em Rondônia: uma etnografia do procedimento de identificação e delimitação da Terra Indígena Rio Cautário. 2025. 362 f., il. Tese (Doutorado em Antropologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025.
Resumo: Esta tese investiga os impactos do colonialismo e dos conflitos fundiários sobre os territórios indígenas do baixo rio Guaporé, em Rondônia, região marcada pela convergência de interesses econômicos e pela omissão estatal na garantia dos direitos territoriais dessas populações. A partir de metodologia etnográfica de procedimento de identificação e delimitação de terras indígenas, o estudo evidencia as continuidades dos processos coloniais na organização do espaço regional. Por meio de uma abordagem interdisciplinar – articulando história, antropologia e direito –, examina o procedimento de identificação e delimitação da Terra Indígena Rio Cautário, demonstrando como os aparatos burocráticos estatais reproduzem lógicas coloniais, subordinando territórios indígenas a projetos desenvolvimentistas. A análise centra-se nas pressões antrópicas decorrentes da expansão do agronegócio e de políticas públicas que fragilizam os direitos indígenas, evidenciando um padrão histórico de deslocamento forçado e confinamento espacial desses povos. O estudo mobiliza conceitos como governamentalidade (Foucault), colonialidade do poder (Quijano) e territorialidade (Haesbaert) para desvendar as contradições entre o reconhecimento formal e a efetivação prática dos direitos indígenas. A pesquisa revela que, apesar dos avanços normativos, a implementação de políticas territoriais permanece vinculada a uma matriz colonial de poder. Além disso, destaca as estratégias históricas de marginalização identitária e despossessão territorial, bem como os desafios enfrentados no procedimento demarcatório conduzido pela Funai. Ao situar o território como espaço de relações sociais e resistência, argumenta-se que a luta por direitos territoriais é indissociável da afirmação cultural e identitária. A tese contribui para os debates sobre justiça socioambiental e direitos indígenas na Amazônia, enfatizando a necessidade de diálogos interculturais que reconheçam a pluralidade dos modos de vida indígenas e transformem as relações entre Estado e povos originários.
Abstract: This thesis explores the impacts of colonialism and land conflicts on Indigenous territories along the lower Guaporé River in Rondônia, Brazil - an area marked by the intersection of economic interests and state neglect in upholding Indigenous land rights. Drawing on ethnographic research conducted within the process of Indigenous land identification and delimitation, the study underscores the persistence of colonial structures in the spatial organization of the region. Employing an interdisciplinary approach that integrates history, anthropology, and law, the research examines the case of the Rio Cautário Indigenous Land to demonstrate how state’s bureaucratic mechanisms of reproduce colonial logics, subordinating Indigenous territories to development agendas. The analysis foregrounds the pressures exerted by agribusiness expansion and state policies that erode Indigenous rights, revealing a long-standing pattern of forced displacement and territorial confinement. The thesis engages with conceptual frameworks such as governmentality (Foucault), the coloniality of power (Quijano), and territoriality (Haesbaert) to unpack the contradictions between the formal recognition of rights and their practical denial. Despite legal advances, the study argues that territorial policies remain embedded in a colonial matrix of power. It further highlights the historical processes of identity suppression and land dispossession, as well as the institutional challenges surrounding Funai’s role in the demarcation process. By understanding territory as a space of social relations and resistance, the thesis contends that the struggle for land rights is inseparable from cultural and identity affirmation. Ultimately, it contributes to broader debates on socio-environmental justice and Indigenous rights in Amazon, emphasizing the need for intercultural dialogue that embraces the plurality of Indigenous lifeways and redefines the relationship between the State and Indigenous peoples.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Sociais (ICS)
Departamento de Antropologia (ICS DAN)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2025.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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