| Campo DC | Valor | Idioma |
| dc.contributor.advisor | Moita, Edvaldo de Aguiar Portela | - |
| dc.contributor.author | Peliz, Melissa Andrea Lins | - |
| dc.date.accessioned | 2025-10-14T12:40:30Z | - |
| dc.date.available | 2025-10-14T12:40:30Z | - |
| dc.date.issued | 2025-10-14 | - |
| dc.date.submitted | 2025-05-27 | - |
| dc.identifier.citation | PELIZ, Melissa Andrea Lins. Jurisprudência simbólica: o estado de coisas inconstitucional em relação ao sistema penitenciário brasileiro. 2025. 241 f. Tese (Doutorado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. | pt_BR |
| dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/52692 | - |
| dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2025. | pt_BR |
| dc.description.abstract | Esse trabalho tem por objetivo analisar a declaração do estado de coisas inconstitucional
pelo STF como produção jurisprudencial que visa à concretização do princípio da dignidade
humana, mas que demonstra ser ineficaz para enfrentar o problema crônico do
superencarceramento, apontado como causa da violação sistemática desse princípio. A hipótese
central é que o ECI não faz parte de nenhuma realidade dada, mas é efeito de um regime de
poder. A partir da premissa de ineficácia da declaração do ECI, a pesquisa analisa os
argumentos usados pelos ministros do STF no acórdão proferido na medida cautelar na ADPF
347 em comparação com outros casos da sistemática da repercussão geral que compõem o que
foi chamado pela corte suprema de agenda do sistema carcerário, à luz dos princípios
constitucionais consectários da adoção do Estado de direito. Feita essa análise, a pesquisa
constata que esses princípios são manejados pela corte suprema no exercício de uma função
jurisdicional distinta da interpretação e aplicação das normas, qualificando a jurisprudência do
ECI como simbólica, à luz da teoria da constitucionalização simbólica de Neves, e indica a
noção de governamentalidade de Foucault como a ferramenta que será utilizada para analisar
sua lógica de funcionamento e efeitos concretos. A pesquisa apresenta as noções de Foucault
sobre o poder e a governamentalidade a partir do contraste com teorias jurídicas e filosóficas
erigidas para resolver o problema do poder, realçando o paradigma normativo de Habermas
usado em sua reconstrução do Estado democrático de direito. Tendo em vista esse panorama, a
declaração do ECI é submetida ao escrutínio da analítica de poder e incluída no quadro da
governamentalidade. Algumas consequências da constitucionalização simbólica, como a falta
de normatividade jurídica, a subcidadania e a falta de reflexividade do sistema jurídico são
aproximadas das reflexões que o uso da governamentalidade, como instrumento metodológico
e crítico, produz, para analisar a declaração do ECI e seus efeitos concretos. Como
consequência do uso do aparato crítico de Foucault, a declaração do ECI será identificada como
hipótese de concretização biopolítica da Constituição simbólica, que operacionaliza uma
racionalidade individualizante e totalizante. Ao fim, a pesquisa traz algumas formas de se opor
à constitucionalização biopolítica usando ferramentas analíticas de Foucault. | pt_BR |
| dc.language.iso | por | pt_BR |
| dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
| dc.title | Jurisprudência simbólica : o estado de coisas inconstitucional em relação ao sistema penitenciário brasileiro | pt_BR |
| dc.title.alternative | Symbolic jurisprudence : the unconstitutional state of affairs regarding the Brazilian prison system | pt_BR |
| dc.type | Tese | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Sistema penitenciário - Brasil | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Biopoder | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Governamentalidade | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Jurisprudência | pt_BR |
| dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
| dc.description.abstract1 | This work aims to analyze the declaration of the unconstitutional state of affairs by the
Brazilian Supreme Federal Court (STF) as a jurisprudential production aimed at the realization
of the principle of human dignity, but which proves to be ineffective in addressing the chronic
problem of mass incarceration, identified as the cause of the systematic violation of that
principle. The central hypothesis is that the ECI is not part of any given reality, but is instead
an effect of a regime of power. Based on the premise of the ECI's ineffectiveness, the research
analyzes the arguments employed by the STF justices in the ruling issued in the precautionary
measure of ADPF 347, in comparison with other cases under the "general repercussion" system,
which compose what the Supreme Court has called the prison system agenda, in light of the
constitutional principles that accompany the adoption of the rule of law. Upon conducting this
analysis, the research finds that these principles are managed by the Supreme Court in the
exercise of a jurisdictional function distinct from the interpretation and application of norms,
thus qualifying the ECI jurisprudence as symbolic, in accordance with Neves's theory of
symbolic constitutionalization. The research also indicates Foucault's notion of
governmentality as the tool that will be used to analyze its operational logic and concrete
effects. The research presents Foucault’s notions of power and governmentality in contrast with
legal and philosophical theories developed to resolve the problem of power, highlighting
Habermas's normative paradigm employed in his reconstruction of the democratic rule of law.
Given this framework, the declaration of the ECI is subjected to the scrutiny of the analytics of
power and incorporated within the framework of governmentality. Certain consequences of
symbolic constitutionalization, such as the lack of legal normativity, subcitizenship, and the
absence of reflexivity within the legal system are brought closer to the reflections that the use
of governmentality, as a methodological and critical instrument, produces to analyze the ECI
declaration and its concrete effects. As a consequence of using Foucault’s critical apparatus,
the declaration of the ECI will be identified as a hypothesis of biopolitical realization of the
symbolic Constitution, which operationalizes an individualizing and totalizing rationality.
Finally, the research proposes some ways of resisting biopolitical constitutionalization using
Foucault’s analytical tools. | pt_BR |
| dc.description.unidade | Faculdade de Direito (FD) | pt_BR |
| dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Direito | pt_BR |
| Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|