http://repositorio.unb.br/handle/10482/52251
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2024_AnaClaudiaPinheiroTorres_DISSERT.pdf | 2,66 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Monitoramento de infecção por SARS-CoV-2 em profissionais de saúde em uma área de alta vulnerabilidade social : um estudo de coorte |
Autor(es): | Torres, Ana Cláudia Pinheiro |
Orientador(es): | Ramalho, Walter Massa |
Coorientador(es): | Gonçalves, Rodrigo Gurgel |
Assunto: | Vigilância epidemiológica Covid-19 Soroprevalência Vulnerabilidade social Monitoramento |
Data de publicação: | 15-Mai-2025 |
Data de defesa: | 3-Mai-2024 |
Referência: | TORRES, Ana Cláudia Pinheiro. Monitoramento de infecção por SARS-CoV-2 em profissionais de saúde em uma área de alta vulnerabilidade social: um estudo de coorte. 2024. 147 f., il. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumo: | Profissionais de saúde atuantes na linha de frente ao combate de pandemias, como a COVID-19, possuem maior risco de infecção. Neste cenário, a testagem rotineira para detecção precoce dos casos positivos, é uma das medidas estratégicas para a elaboração de intervenções que auxiliem nas medidas de contenção e transmissão do vírus SARS-CoV-2, assim como podem contribuir para conhecer a real circulação do vírus nessa população. A intervenção nessa população de profissionais é de caráter urgente, buscando garantir uma atuação mais segura, e refletindo em uma possível queda, na elevada taxa de absenteísmo causada pelas epidemias. Garantindo a continuidade do atendimento à população e a proteção dos trabalhadores. O trabalho teve como objetivo monitorar a infecção e reinfecção por SARS-CoV-2 entre os trabalhadores vacinados e não vacinados contra a COVID-19 em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que atende uma população em situação de vulnerabilidade social, buscando identificar a ocorrência de novos casos de COVID-19 e casos prováveis de reinfecção. O estudo foi realizado na UBS da cidade Estrutural no Distrito Federal, entre fevereiro e outubro de 2021. Os participantes foram entrevistados e cederam amostras (92% dos trabalhadores da UBS). A frequência de infecção e reinfecção por SARS-CoV-2 foi analisada a partir de um estudo de coorte aberta prospectiva, todos que apresentaram sintomas gripais tiveram amostras de nasofaringe coletadas com swab e foi realizado o exame de RTq-PCR, assim como a coleta de sangue periférico para exames sorológicos (IgM e IgG), ambos analisados no Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital Universitário de Brasília. Os dados primários foram coletados mensalmente utilizando questionário estruturado por meio do software de captura de dados, RedCap. As frequências de infecção e reinfeção foram calculadas assim como seus intervalos de confiança de IC95% (IC). Ao todo foram realizados 340 testes de RT-qPCR, e 2.026 testes de sorologia. Dos 128 trabalhadores, 61 informaram provável infecção por SARS-CoV-2 (47,7%; IC: 39,2-56,6) antes da vacinação. Destes, 50 apresentaram infecção por SARSCoV-2 (39,1%; IC: 31,0-47,7) após a vacinação, confirmado por testes moleculares e sorológicos. A reinfecção foi detectada em 7 trabalhadores (14,0; IC: 7-26,2), considerando o período de 90 dias entre os resultados. Os dados da sorologia dos 128 trabalhadores mostraram que 68 apresentavam anticorpos IgG (53,1%; IC: 15,6-29,8) e 46 IgM (35,9%; IC 28,14,5-44,5) para SARS-CoV2. A infecção foi detectada em mais de 18 profissões, porém a maior frequência de infecções foi observada de forma decrescente em agentes comunitários de saúde (ACSs), enfermeiros e técnicos em enfermagem. Os ACS’s apresentaram uma redução na porcentagem da taxa de infecção após a implementação da intervenção do governo, com a vacinação, demonstrando uma queda nessa taxa de 47,8% para 21,7% na primeira fase e posteriormente para apenas 4,4% na segunda fase, constatando uma proteção contra a infecção nessa população. Esses resultados permitem concluir que: (i) cerca de 40% dos trabalhadores da UBS estavam infectados por SARS-CoV-2, principalmente os ACSs, (ii) as reinfecções não foram frequentes entre os trabalhadores após a vacinação. Os resultados contribuem para maior entendimento da circulação de SARS-CoV-2 entre trabalhadores da saúde em uma UBS de área de alta vulnerabilidade social durante a pandemia COVID-19. |
Abstract: | Health professionals working on the front line to combat pandemics such as COVID-19 are at greater risk of infection. In this scenario, routine testing for early detection of positive cases is one of the strategic measures for designing interventions to help contain and transmit the SARS-CoV-2 virus, as well as helping to understand the actual circulation of the virus in this population. Intervention in this population of professionals is urgent, seeking to ensure safer working conditions, and reflecting a possible drop in the high rate of absenteeism caused by epidemics. Ensuring continuity of care for the population and protection of workers. The aim of this study was to monitor SARS-CoV-2 infection and reinfection among workers vaccinated and not vaccinated against COVID-19 in a Basic Health Unit (BHU), which serves a socially vulnerable population, in order to identify the occurrence of new cases of COVID-19 and probable cases of reinfection. The study was carried out at the UBS in the city of Estrutural in the Federal District, between February and October 2021. Participants were interviewed and provided samples (92% of UBS workers). The frequency of SARS-CoV-2 infection and reinfection was analyzed using a prospective open cohort study. Everyone with flu-like symptoms had nasopharyngeal samples swabbed and RTq-PCR was performed, as well as peripheral blood for serological tests (IgM and IgG), both analyzed at the Molecular Diagnostics Laboratory of the University Hospital of Brasilia. Primary data was collected on a monthly basis using a structured questionnaire using the data capture software RedCap. The frequencies of infection and reinfection were calculated as well as their 95% confidence intervals (CI). A total of 340 RT-qPCR tests and 2,026 serology tests were carried out. Of the 128 workers, 61 reported probable SARSCoV-2 infection (47,7%; CI: 39,2-56,3) before vaccination. Of these, 50 had SARS-CoV-2 infection (39,1%; CI: 31,0-47,7) after vaccination, confirmed by molecular and serological tests. Re-infection was detected in 7 workers (14.00; CI: 7-26,2), considering the 90-day period between results. The serology data from the 128 workers showed that 68 had IgG (53,1%; CI: 15,6-29,8) and 46 IgM (35,9%; CI: 28.14,5-44,5) antibodies to SARS-CoV-2. The infection was detected in workers from 18 professions, but the highest frequency of infections was observed in decreasing order in community health workers (CHWs), nurses and nursing technicians. CHWs showed a reduction in the percentage of the infection rate after the implementation of the government intervention with vaccination, showing a drop in this rate from 47,8% to 21,7% in the first phase and then to only 4,4 % in the second phase, showing protection against infection in this population. These results allow us to conclude that: (i) around 40% of UBS workers were infected with SARS-CoV-2, mainly CHWs, (ii) reinfections were not frequent among workers after vaccination. The results contribute to a better understanding of the circulation of SARS-CoV-2 among health workers in a UBS in an area of high social vulnerability during the COVID-19 pandemic. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FM) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, 2024. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical |
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Agência financiadora: | Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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