http://repositorio.unb.br/handle/10482/52156
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2024_LeonardoDeSouzaLourencoCarvalho_DISSERT.pdf | 774,82 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Análise da mortalidade por dengue registrada como causa múltipla associada às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022 |
Autor(es): | Carvalho, Leonardo de Souza Lourenço |
Orientador(es): | Mendonça, Ana Valéria Machado |
Assunto: | Dengue Doenças crônicas não transmissíveis Mortalidade |
Data de publicação: | 5-Mai-2025 |
Data de defesa: | 26-Jun-2024 |
Referência: | CARVALHO, Leonardo de Souza Lourenço. Análise da mortalidade por dengue registrada como causa múltipla associada às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022. 2024. 45 f., il. Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumo: | Introdução: A dengue é um grave problema de saúde pública, especialmente nas Américas e no Brasil, onde a mortalidade tem aumentado. Em 2019, foram registrados 3,1 milhões de casos nas Américas e cerca de 2.000 óbitos no Brasil entre 2019 e 2022. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), foram responsáveis por 54,7% dos óbitos no Brasil em 2019. Estudos indicam que a incidência da dengue em pessoas com DCNT’s agrava a condição dos pacientes, aumentando a hospitalização e mortalidade, especialmente em idosos. Poucos estudos abordam a relação entre dengue grave e DCNT’s, mas especialistas alertam para a vulnerabilidade de pessoas com comorbidades. Esta pesquisa visa identificar os aspectos da mortalidade por dengue associada a DCNT’s usando dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) de 2011 a 2022. Metodologia: Se trata de um estudo descritivo quantitativo, focado em avaliar a mortalidade por dengue com as quatro principais doenças crônicas (neoplasias, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias) registradas como causa múltipla do óbito no Brasil entre 2011 e 2022. Utilizou-se dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) disponíveis no Portal DataSUS. Foram analisados os óbitos registrados no período, considerando as doenças crônicas como causas múltiplas registradas na declaração de óbito por dengue como causa básica. Os dados foram extraídos, tabulados e analisados para calcular percentual e taxas de mortalidade. O estudo utilizou dados secundários de domínio público, dispensando a necessidade de aprovação do conselho de ética. A análise incluiu variáveis como sexo, faixa etária, raça e localidade, filtrando causas de óbito conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Os resultados foram estruturados em tabelas e gráficos no software Excel. Resultados: Entre 2011 e 2022, os óbitos por dengue no Brasil oscilaram significativamente, com um pico de 930 mortes em 2015 e uma baixa de 210 em 2017, atingindo 1279 óbitos em 2022. Os casos em que DCNT foram identificadas como causa múltipla também variaram, alcançando 784 casos em 2015 e 192 em 2017, com um máximo de 1168 em 2022. A análise revelou que o percentual de óbitos por dengue com a DCNT’s registradas como causa múltipla, aumentou de 60,9% em 2011 para 91,3% em 2022, indicando uma crescente relação entre dengue e DCNT’s. As taxas de mortalidade por dengue e por dengue/DCNT’s mostraram padrões semelhantes, com ambas atingindo picos em 2022. A análise por sexo, faixa etária e unidade federativa destacou que homens apresentaram taxas de mortalidade ligeiramente superiores às mulheres, e a mortalidade aumentou significativamente com a idade, especialmente entre aqueles com mais de 70 anos. As regiões do centro-oeste, como Mato Grosso do Sul e Goiás, tiveram as maiores taxas de mortalidade. Diferenças raciais também foram observadas, com variabilidades significativas nos percentuais de óbitos entre populações brancas e pretas/pardas, destacando a necessidade de melhorar a notificação de dados raciais e de adaptar estratégias de saúde pública às especificidades regionais e demográficas. Conclusão: O cenário da mortalidade por dengue associada a DCNT’s ressalta a gravidade do problema e a necessidade de uma abordagem integrada para prevenção e tratamento, considerando fatores que agravam o risco de óbito. Os resultados apresentados incentivam a revisão das políticas públicas de saúde para incluir estratégias focadas na relação entre causas base e múltiplas de mortalidade, orientando o manejo dessas condições. A escassez de evidências científicas sobre mortalidade por causas múltiplas destaca a necessidade de mais pesquisas, especialmente considerando a crescente prevalência de DCNT’s na população idosa e as dificuldades específicas enfrentadas pela população negra. Espera-se que esta pesquisa contribua para a análise da mortalidade por múltiplas causas e futuras políticas de saúde no Brasil. |
Abstract: | Introduction: Dengue is a serious public health problem, especially in the Americas and in Brazil, where mortality has been increasing. In 2019, 3.1 million cases were recorded in the Americas and around 2,000 deaths in Brazil between 2019 and 2022. Chronic non-communicable diseases (NCDs) accounted for 54.7% of deaths in Brazil in 2019. Studies indicate that the incidence of dengue in people with NCDs worsens their condition, increasing hospitalization and mortality, especially in the elderly. Few studies address the relationship between severe dengue and NCDs, but experts warn of the vulnerability of people with comorbidities. This research aims to identify aspects of dengue mortality associated with CNCDs using data from the Mortality Information System (SIM) from 2011 to 2022. Methodology: This is a quantitative descriptive study focused on evaluating dengue mortality with the four main chronic diseases (neoplasms, diabetes, cardiovascular and respiratory diseases) registered as multiple causes of death in Brazil between 2011 and 2022. We used data from the Mortality Information System (SIM) available on the DataSUS portal. Deaths recorded in the period were analyzed, considering chronic diseases as multiple causes recorded on the dengue death certificate as the underlying cause. The data was extracted, tabulated and analyzed to calculate mortality percentages and rates. The study used secondary data in the public domain, thus dispensing with the need for ethics board approval. The analysis included variables such as gender, age group, race and location, filtering causes of death according to the International Classification of Diseases (ICD-10). The results were structured in tables and graphs using Excel software. Results: Between 2011 and 2022, dengue deaths in Brazil fluctuated significantly, with a peak of 930 deaths in 2015 and a low of 210 in 2017, reaching 1279 deaths in 2022. Cases in which NCDs were identified as a multiple cause also varied, reaching 784 cases in 2015 and 192 in 2017, with a maximum of 1168 in 2022. The analysis revealed that the percentage of dengue deaths with NCDs registered as multiple causes increased from 60.9% in 2011 to 91.3% in 2022, indicating a growing relationship between dengue and NCDs. Mortality rates from dengue and dengue/CNTDs showed similar patterns, with both peaking in 2022. Analysis by sex, age group and federative unit highlighted that men had slightly higher mortality rates than women, and mortality increased significantly with age, especially among those over 70. The central-western regions, such as Mato Grosso do Sul and Goiás, had the highest mortality rates. Racial differences were also observed, with significant variability in the percentages of deaths among white and black/brown populations, highlighting the need to improve the reporting of racial data and to adapt public health strategies to regional and demographic specificities. Conclusion: The scenario of dengue mortality associated with NCDs highlights the seriousness of the problem and the need for an integrated approach to prevention and treatment, taking into account factors that aggravate the risk of death. The results presented encourage the revision of public health policies to include strategies focused on the relationship between underlying and multiple causes of mortality, guiding the management of these conditions. The scarcity of scientific evidence on all-cause mortality highlights the need for further research, especially considering the growing prevalence of NCDs in the elderly population and the specific difficulties faced by the black population. It is hoped that this research will contribute to the analysis of all-cause mortality and future health policies in Brazil. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2024. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Mestrado Profissionalizante |
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Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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