Campo DC | Valor | Lengua/Idioma |
dc.contributor.advisor | Lunguinho, Marcus Vinícius da Silva | - |
dc.contributor.author | Forrester, Danielle Sousa | - |
dc.date.accessioned | 2025-04-23T16:28:15Z | - |
dc.date.available | 2025-04-23T16:28:15Z | - |
dc.date.issued | 2025-04-23 | - |
dc.date.submitted | 2024-11-11 | - |
dc.identifier.citation | FORRESTER, Danielle Sousa. Características sintáticas e semânticas do verbo aspectual deixar no português brasileiro. 2024. 215 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/52081 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2024. | pt_BR |
dc.description.abstract | Nesta Dissertação, analisamos o verbo aspectual deixar do Português Brasileiro em duas
estruturas: [deixar - de - VINFINITIVO] e [deixar - de - N]. Como aspectual, esse verbo expressa
a noção de cessamento/abandono de uma situação, a qual aparece sob a forma de um infinitivo
(primeira estrutura) e como um substantivo (segunda estrutura). A análise aqui apresentada se
desenvolve tomando como base o Programa Minimalista (Chomsky 1995, 2000, 2001, 2004)
da Teoria de Princípios e Parâmetros (Chomsky 1981, 1986). Como, na estrutura [deixar - de -
VINFINITIVO], deixar se combina com um domínio infinitivo, estudamos inicialmente a
possibilidade de, nessa estrutura, deixar ser um verbo de controle, de alçamento ou auxiliar. A
partir do comportamento desse verbo frente a diagnósticos, nós o analisamos como um verbo
auxiliar de natureza lexical (combinando as propostas de Lobato 1975; Laca 2002, 2004; Bravo,
García Fernández & Krivochen 2015; e García Fernández, Krivochen & Bravo 2017). Em
relação às características da derivação da perífrase [deixar - de - VINFINITIVO], nossa análise é a
de que ela apresenta deixar como um verbo auxiliar que projeta um VAUXP; esse verbo, por sua
vez, seleciona a preposição funcional de, que contribui para a interpretação aspectual da oração
e projeta um PP/AspP (sintagma preposicional/aspectual); essa preposição é seguida de um
sintagma verbal, formando a estrutura mais articulada [VAUXP deixar [PP/AspP de [ VINFINITIVO ...]]].
Partindo das propostas de Adger (2003) e de Lunguinho (2011) para a derivação das estruturas
com verbos auxiliares, assumimos que o domínio infinitivo apresenta um traço flexional não
valorado, o que o torna um Alvo ativo para a operação de Agree, além de um traço categorial
verbal valorado [uV]. A preposição aspectual e o verbo aspectual deixar apresentam um traço
categorial verbal não valorado [uV], os quais forçam a sua combinação com um constituinte
que apresente esse mesmo traço categorial, só que na versão valorada. Ao se combinar com o
sintagma verbal, o traço [uV] da preposição é valorado. Ao se combinar com o PP/AspP, deixar
satisfaz o seu traço [uV] e, ao mesmo tempo, valora o traço flexional do sintagma verbal como
infinitivo. Em relação ao domínio infinitivo, propusemos, com base em Bertucci (2011), que
deixar seleciona como complemento predicados marcados com traço [+homogêneo]. Indo além
da estrutura [deixar - de - VINFINITIVO], analisamos também a estrutura [deixar - de - N], onde
deixar é complementado por um nominal. Diferentemente do que acontece com outros
aspectuais quando são complementados por constituintes nominais, deixar não perde a
preposição de que o acompanha quando se combina com um infinitivo. Nessa estrutura, deixar
é verbo lexical que se combina com nomes primitivos e com nomes derivados. O nominal nessa
estrutura precisa estar associado a uma conotação negativa, depreciativa ou pejorativa (Silva
1999). No caso de nomes deverbais, identificamos que o verbo que fornece a base morfológica
para esse nominal é do tipo intransitivo inergativo. Em relação às restrições que deixar impõe
ao nominal nessa estrutura, apontamos, em primeira mão, que esse nominal não pode vir
acompanhado nem de determinantes nem de numerais, o que faz deles NPs. Além disso,
mostramos, originalmente, que há fontes para a semântica negativa, depreciativa ou pejorativa
dos NPs na estrutura [deixar - de - N]. Se o nominal for primitivo, essa semântica provém do
radical lexical ou é dada contextualmente. Se o nominal for derivado, essa semântica pode vir
de três fontes: a) do significado lexical do verbo inergativo que serve de base para a
nominalização; b) de afixos que produzem um nominal com a semântica de excesso, tais como
-ria, -(d)eira, -ança, -ção, -iada e -(t)ório; e c) de meios sintáticos, como a modificação por
tanto. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Características sintáticas e semânticas do verbo aspectual deixar no português brasileiro | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Verbo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Teoria gerativa | pt_BR |
dc.subject.keyword | Preposição | pt_BR |
dc.subject.keyword | Língua portuguesa - Brasil | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | In this Thesis, we analyze the aspectual verb deixar in Brazilian Portuguese in two structures,
namely: [deixar - de - VINFINITIVE] and [deixar - de - N]. As an aspectual verb, deixar expresses
the notion of cessation/abandonment of a situation, which appears in the form of an infinitive
(first structure) and as a noun (second structure). The analysis presented here is developed in
the theoretical framework of the Minimalist Program (Chomsky 1995, 2000, 2001, 2004) of the
Principles and Parameters theory of Generative Grammar (Chomsky 1981, 1986). Since deixar
in the structure [deixar - de - VINFINITIVE] combines with an infinitive domain, we initially studied
the possibility of this verb to be, in this structure, a control, a raising or an auxiliary verb. Based
on the behavior of deixar in the face of diagnoses, we analyzed it as an auxiliary verb of a
lexical nature (combining the proposals of Lobato 1975; Laca 2002, 2004; Bravo, García
Fernández & Krivochen 2015; and García Fernández, Krivochen & Bravo 2017). Regarding
the characteristics of the derivation of the periphrasis [deixar - de - VINFINITIVE], our analysis is
that it presents deixar as an auxiliary verb that projects a VAUXP; this verb, in turn, selects the
functional preposition de, which contributes to the aspectual interpretation of the sentence and
projects a PP/AspP (prepositional/aspectual phrase); this preposition is followed by a verbal
phrase, forming the most articulated structure: [VAUXP deixar [PP/AspP de [ VINFINITIVE ...]]]. Based
on the model of Adger (2003) and Lunguinho (2011) for the derivation of structures with
auxiliary verbs, we assume that the infinitive domain presents, in addition to a valued verbal
categorical feature [uV], an unvalued inflectional feature, which makes it an active Goal for the
Agree operation. The aspectual preposition and the aspectual verb deixar present an unvalued
categorical verbal feature [uV], which forces their combination with a constituent that presents
this same categorical feature, in its valued version. When combined with the verbal phrase, the
feature [uV] of the preposition is valued. When combined with PP/AspP, deixar satisfies its
feature [uV] and, at the same time, values the inflectional feature of the verb phrase as an
infinitive. Taking into the account the infinitival domain, we proposed, based on Bertucci
(2011), that deixar selects as complement predicates marked with a [+homogeneous] feature.
Going beyond the structure [deixar - de - VINFINITIVE], we also analyzed the structure [deixar - de
- N], where deixar is complemented by a nominal. Unlike what happens with other aspectuals
when they are complemented by nominal constituents, deixar does not lose the preposition de
that accompanies it when combined with an infinitive. In this structure, deixar is a lexical verb
that combines with primitive and derived nouns. This nominal must be associated with a
negative, depreciative or pejorative connotation (Silva 1999). In the case of deverbal nouns, we
identified that the verb that provides the morphological basis for this nominal is of the
unergative intransitive type. As for the restrictions that deixar imposes on the nominal in this
structure, we pointed out, at first hand, that this nominal cannot be accompanied by either
determiners or numerals, which makes them NPs. In addition, we showed, originally, that there
are sources for the negative, depreciative or pejorative semantics of NPs in the structure [deixar
- de - N]. If the nominal is primitive, this semantics comes from the lexical root or it is given
contextually. If the nominal is derived, this semantics can come from three sources: a) the
lexical meaning of the unergative verb that serves as the basis for nominalization; b) the affixes
that produce a nominal with the semantics of excess, such as -ria, -(d)eira, -ança, -ção, -iada
and -(t)ório; and c) syntactic means, such as the modification by tanto. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Letras (IL) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Linguística | pt_BR |
Aparece en las colecciones: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|