Campo DC | Valor | Lengua/Idioma |
dc.contributor.advisor | Souza, Herivelto Pereira de | - |
dc.contributor.author | Moraes, Éverton Donisete Barbosa de | - |
dc.date.accessioned | 2025-04-22T17:13:42Z | - |
dc.date.available | 2025-04-22T17:13:42Z | - |
dc.date.issued | 2025-04-22 | - |
dc.date.submitted | 2025-02-14 | - |
dc.identifier.citation | MORAES, Éverton Donisete Barbosa de. O ensino-aprendizagem de filosofia no contexto da racionalidade neoliberal: a oficina de charges como dispositivo de educação menor. 2025. 107 f., il. Dissertação (Mestrado Profissional em Filosofia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/52070 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Mestrado Profissional, 2025. | pt_BR |
dc.description.abstract | Este trabalho relata o processo de produção de um dispositivo de educação menor
no contexto do ensino-aprendizagem de filosofia. Denominado “oficina de charges”,
oferece um conjunto de atividades que visam problematizar a racionalidade
neoliberal e suas consequências no mundo hodierno. A charge, como gênero textual
de vocação crítica e satírica, foi o recurso didático selecionado para motivar o
debate sobre a lógica normativa dominante. Como arcabouço teórico que
fundamenta esta intervenção prática o trabalho traz inicialmente uma pesquisa de
revisão bibliográfica sobre os impactos da racionalidade neoliberal na educação,
sobretudo no ensino-aprendizagem de filosofia. A revisão bibliográfica aborda as
origens do “novo” e do “neo” liberalismo, entendidos como remanejamentos da
ortodoxia liberal despertadas por crises capitalistas próprias do século XX. O
neoliberalismo se consolidou como racionalidade hegemônica a partir da década de
1980, conduzindo não só os rumos da economia, mas também determinando a vida
social e até mesmo psíquica. A transformação da educação é entendida como parte
da estratégia neoliberal de mobilizar toda a população na luta por mercados e
lucros, num cenário onde o estado não se retira, mas age como parceiro e até como
encarnação da razão neoliberal. Guiada pela racionalidade neoliberal a escola
assume uma tríplice missão: produzir capital humano, flexível às demandas do
mercado; adequar-se aos trâmites do gerencialismo empresarial e inculcar e
referendar a lógica normativa dominante como único modo-de-ser possível. O NEM
(Novo Ensino Médio) é analisado como um caso de reforma educacional de viés
neoliberal que precariza o ensino-aprendizagem de filosofia nesta etapa formativa,
principalmente através da anulação de seu status de disciplina obrigatória e a da
redução de sua carga horária. A desvalorização da filosofia promovida nesta
reforma se explica na percepção deste saber como inútil e destoado das demandas
empresariais. Outro impacto ocasionado pelo NEM à filosofia está na transformação
desse saber num arremedo de técnica coach escolar calcada nas ideologias do
“capital humano” e “empresário de si mesmo”. A democracia, o comum e a skholé
são apresentados como princípios que alimentam e fundamentam saídas
divergentes diante da lógica normativa dominante. A educação, vivenciada como
linha igualitária de saída e herança comum, é um espaço que ainda pode favorecer
a construção de aportes de saída dissonantes da hegemonização neoliberal. A
filosofia, como disciplina escolar que preconiza o debate e a dúvida como
ferramentas de pesquisa, pode contribuir em processos de desnaturalização da
lógica dominante. Uma alternativa para o exercício dessa desnaturalização -
ensejada através do ensino-aprendizagem de filosofia - se materializa no dispositivo
de educação menor aqui apresentado. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | O ensino-aprendizagem de filosofia no contexto da racionalidade neoliberal : a oficina de charges como dispositivo de educação menor | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Neoliberalismo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Filosofia - estudo e ensino | pt_BR |
dc.subject.keyword | Novo Ensino Médio | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This paper reports on the production process of a minor educational device in the
context of teaching and learning philosophy. Called “cartoon workshop”, it offers a
set of activities that aim to problematize neoliberal rationality and its consequences
in today’s world. The cartoon, as a textual genre with a critical and satirical vocation,
was the didactic resource selected to motivate the debate on the dominant normative
logic. As a theoretical framework that underpins this practical intervention, the paper
initially presents a bibliographical review research on the impacts of neoliberal
rationality on education, especially on the teaching and learning of philosophy. The
bibliographical review addresses the origins of “new” and “neo” liberalism,
understood as reorganizations of liberal orthodoxy sparked by capitalist crises typical
of the 20th century. Neoliberalism consolidated itself as hegemonic rationality from
the 1980s onwards, guiding not only the course of the economy, but also determining
social and even psychic life. The transformation of education is understood as part of
the neoliberal strategy of mobilizing the entire population in the fight for markets and
profits, in a scenario where the state does not withdraw, but acts as a partner and
even as an incarnation of neoliberal reason. Guided by neoliberal rationality, schools
assume a threefold mission: to produce human capital, flexible to market demands;
to adapt to the procedures of corporate managerialism; and to inculcate and endorse
the dominant normative logic as the only possible way of being. The NEM (New High
School) is analyzed as a case of educational reform with a neoliberal bias that
undermines the teaching and learning of philosophy at this formative stage, mainly
by annulling its status as a mandatory subject and reducing its workload. The
devaluation of philosophy promoted by this reform is explained by the perception of
this knowledge as useless and out of step with business demands. Another impact
caused by NEM on philosophy is the transformation of this knowledge into a
semblance of a school coaching technique based on the ideologies of “human
capital” and “self-entrepreneur”. Democracy, the common and skholé are presented
as principles that feed and support divergent solutions in the face of the dominant
normative logic. Education, experienced as an egalitarian line of exit and common
heritage, is a space that can still favor the construction of dissonant solutions to
neoliberal hegemony. Philosophy, as a school discipline that advocates debate and
doubt as research tools, can contribute to processes of denaturalization of the
dominant logic. An alternative for exercising this denaturalization - brought about
through the teaching and learning of philosophy - is materialized in the minor
education device presented here. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Humanas (ICH) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Filosofia (ICH FIL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Mestrado Profissional | pt_BR |
Aparece en las colecciones: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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