http://repositorio.unb.br/handle/10482/51994
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
AdeirFerreiraAlves_TESE.pdf | 4,02 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Vidante : um filosofar de Candomblé |
Autor(es): | Alves, Adeir Ferreira |
Orientador(es): | Nascimento, Wanderson Flor do |
Assunto: | Candomblé Ancestralidade Necropolítica |
Data de publicação: | 20-Mar-2025 |
Data de defesa: | 18-Nov-2024 |
Referência: | ALVES, Adeir Ferreira. Vidante: um filosofar de Candomblé. 2024. 286 f., il. Tese (Doutorado em Metafísica) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumo: | A presente pesquisa fala da vida... e da vida de pessoas negras... e de pessoas negras candomblecistas. Fruto de muitas confluências, este estudo é sacizento, ou seja, espiralar, mandingueiro, encantado e poético. O tema em investigação trata sobre percursos da vida de pessoas negras que – tensionando a zona denão-ser (condição de Outrificações) – se ressignificam em processos curadores através de uma política de vida inspirada no modo de vida do candomblé, processos esses através dos quais construo o conceito de “vidante”. O objetivo desta pesquisa consiste em apresentar – pelos testemunhos de pessoas negrascandomblecistas – rompimentos com os signos das sujeições colonialistas impostos pela política de morte às pessoas negras e ao mesmo tempo objetiva indicar confluências que levam aos caminhos de uma identidade afrorreferenciada e a uma política de vida. Os objetivos secundários buscam indicar i) modos de vida que apontam o candomblé como um lócus de vivências que oportunizam – a exemplo da imanência das epistemes descoloniais de terreiro e das narrativas de pessoas negras candomblecistas – um filosofar por deslocamentos e encantamentos; e ii) compreender o modo de vida do candomblé como um lócus identitário da ancestralidade africana que pode contribuir com a desconstrução de identidades assimiladas pelo branqueamento. Essa pesquisa é encantada, seria, portanto, desafiador lhe demarcar atribuições muito restritivas. Justamente devido às indizibilidades de uma gramática restritiva (a partir de um caminho que faço em que o candomblé é um horizonte de chegada após um percurso de trajetórias anticoloniais) é que criei o termo vidante. Vidante se apresenta como um criador e ressignificador de novos vocabulários; um vivenciador e relator de vivências; um estar com, um “caminhar com” cujos sentidos evocados apontam um filosofar encantado inspirado noorixá Logunedé. A pesquisa se empenha também num estudo etnográfico, em que entrevistei 10 candomblecistas de duas casas no Novo Gama-GO, sendo uma casa Angola e outra Ketu (da qual sou membro). Além desse método etnográfico, pulverizadas em todo o texto, eu emprego algumas abordagens metodológicas, tais como, a poética e a testemunhalidade. Reunindo diferentes tópicos de variadas literaturas e pesquisa de campo, este estudo busca – pela poética e o encantamento – apresentar como resultado um movimentoontológico do caminhar com que, ao romper com a política de morte, resulta na chegada ao candomblé como lócus de uma política de vida, porém o próprio caminho feito (pelo encantamento) já é um filosofar referenciado no candomblé. |
Abstract: | This research is about life... and the lives of black people... and black people who are Candomblecists. The fruit of many confluences, this study is sacizento, in other words, spiral, mandingueiro, enchanted and poetic. The subject under investigation deals with the life journeys of black people who – by tensioning the zone of non-being (condition of Outrifications) – re-signify themselves in healing processes through a life policy inspired by the Candomblé way of life, processes through which I construct the concept of “vidante”. The aim of this research is to present – through the testimonies of black candomblecists – ruptures with the signs of colonialist subjection imposed by the politics of death on black people, and at the same time to indicate confluences that lead to the paths of an Afro referenced identity and a politics of life. The secondary objectives seek to indicate i) ways of life that point to candomblé as a locus of experiences that provide –like the immanence of the decolonial epistemes of the terreiro and the narratives of black candomblecistas – a philosophizing through displacement and enchantment; and ii) understanding the way of life of candomblé as an identity locus of African ancestry that can contribute to the deconstruction of identities assimilated by whitening. This research is enchanted, so it would be challenging to assign it very restrictive attributions. It is precisely because of the unspeakable nature of a restrictive grammar (based on a path I'm on in which candomblé is a horizon of arrival after a journey of anti-colonial trajectories) that I created the term vidante. Vidante presents itself as a creator and re-signifier of new vocabularies; an experiencer and reporter of experiences; a being with, a “walking with” whose evoked meanings point to an enchanted philosophizing inspired by the orisha Logunedé. The research is also committed to an ethnographic study, in which I interviewed 10 candomblecistas from two houses in Novo Gama-GO (Brazil), one of which is Angola and the other Ketu (of which I am a member). In addition to this ethnographic method, which is sprinkled throughout the text, I use some methodological approaches, such as poetics and testimoniality. Bringing together different topics from various literatures and field research, this study seeks – through poetics and enchantment – to present as a result an ontological movement of walking with which, by breaking with the politics of death, results in arriving at candomblé as the locus of a politics of life, but the very path taken (through enchantment) is already a philosophizing referenced in candomblé. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Ciências Humanas (ICH) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Metafísica, 2024. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Metafísica |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.