http://repositorio.unb.br/handle/10482/12371| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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| 2012_ThaisKristoschImperatori.pdf | 1,58 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir | 
| Título: | Sociedade civil, voluntariado e direito à saúde : uma análise sobre a Associação de Voluntários do Hospital Universitário de Brasília | 
| Autor(es): | Imperatori, Thaís Kristosch | 
| Orientador(es): | Neves, Angela Vieira | 
| Assunto: | Trabalho voluntário Política de saúde Voluntários | 
| Data de publicação: | 6-mar-2013 | 
| Data de defesa: | 11-dez-2012 | 
| Referência: | IMPERATORI, Thaís Kristosch. Sociedade civil, voluntariado e direito à saúde: uma análise sobre a Associação de Voluntários do Hospital Universitário de Brasília. 2012. 187 f. Dissertação (Mestrado em Política Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012. | 
| Resumo: | O  presente  estudo  analisa  a  participação  da  sociedade  civil  na  política  pública  de  saúde  por meio  do  voluntariado  a  partir  de  um  estudo  de  caso  realizado  junto  à  Associação  de Voluntários do Hospital Universitário de Brasília. Buscou-se analisar tal prática na política de 
saúde  e  compreender  quais  as  repercussões  para  a  compreensão  da  saúde  como  um  direito social, segundo o entendimento de voluntários, profissionais de saúde e a direção do hospital. A  prática  do  voluntariado  na  saúde  remete  às  Santas  Casas  de  Misericórdia,  resultado  da 
união entre Estado e  Igreja Católica, desde o século XVI. Desde então, o voluntariado foi se reconfigurando   na   sociedade   brasileira,   sendo   estimulado   por   meio   de   programas governamentais em diversas áreas. No campo da saúde, o voluntariado se apresenta como um espaço  de  atendimento  às  necessidades  materiais  dos  usuários  através  de  diversas  doações, além de ser uma forma  de humanização das relações nos hospitais. A hipótese proposta pela 
pesquisa  afirma  que  a  prática  do  voluntariado  não  fortalece  o  direito  à  saúde  pública.  Isso significa  que  embora  possa  atuar  no  atendimento  às  demandas  dos  usuários,  a  referida  ação 
não   ocorre   a   partir   de   uma   perspectiva   de   direitos,   mas   por   meio   de   uma   prática refilantropizada  da  assistência  privada.  A  pesquisa,  de  caráter  qualitativo,  utilizou  como 
instrumentos  a  análise  documental,  a  observação  participante  e  entrevistas  semiestruturadas com  dezenove  participantes,  sendo  oito  voluntários,  dez  profissionais  de  saúde  e  um 
representante  da  direção  do  hospital  universitário.  A  partir  da  pesquisa,  percebeu-se  que  há diversas  compreensões  sobre  os  objetivos  e  as  possibilidades  de  atuação  do  voluntariado, encontrando-se discursos que elogiam e reforçam tal prática no cotidiano da instituição, bem 
como  relatos  que  explicitam  críticas  e  limitações  a  essa  atividade.  De  modo  geral,  o voluntariado foi reconhecido, a partir dos dados da pesquisa, como um espaço importante para o  atendimento  das  necessidades  dos  usuários  e  legitimado  pela  estrutura  do  hospital. Percebeu-se  também  que  os  serviços  oferecidos  pelos  voluntários  são  utilizados  pelos 
profissionais  de  saúde,  o  que  fortalece  tal  prática,  tendo  em  vista  a  ausência  do  Estado  no oferecimento de determinadas políticas sociais e a precariedade com que estas são ofertadas. Assim,  ora  os  profissionais  se  articulam  com  a  rede  pública  de  proteção  social,  ora  tem-se  a presença   dos   voluntários,   o   que   evidencia   uma   disputa   entre   projetos   políticos.   O voluntariado,  então,  expressa  uma  complementaridade  entre  o  público  e  o  privado  na prestação  da  assistência  à  saúde.  A  atuação  do  voluntariado  relaciona-se,  portanto,  com 
questões    presentes    no    atual    contexto    de    precarização    das    políticas    sociais    e desresponsabilização  do  Estado,  no  qual  se  reforça  a  prestação  privada  de  serviços  públicos, por  meio  do  mercado  e  da  sociedade.  A  hipótese  da  pesquisa  foi  confirmada  quando  da ausência do Estado e em um contexto de disputa entre projetos políticos, tem-se o reforço do 
projeto  privatista  da  saúde  em  detrimento  da  compreensão  da  saúde  como  um  direito.  A pesquisa  identificou  que  a  atuação  do  voluntariado  visa  responder  às  lacunas  do  próprio sistema  de  saúde  e  atender  a  demandas  imediatas  dos  usuários  dos  serviços  a  partir  de 
relações de doação e favor. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT This research aims to analyze the participation of the civil society in the public health politics through voluntary work, departing from a case study carried with the Associação de Voluntários do Hospital Universitário de Brasília (Voluntary Workers of University of Brasilia Hospital Association). We aimed to analyze this aspect in health politics and understand its repercussion for the understanding of health care as a social right, according to voluntary workers, health professionals and the hospital administration. The practice of voluntary work in health care harks back to the Santas Casas de Misericórdia, (hospitals run by the catholic church clergy), which resulted from the joined efforts of the State and the Catholic Church since the XVI century. From this time on, the voluntary work was reconfigurated in Brazilian society, being even stimulated by means of governmental programs in some areas. In the health care field, the voluntary work is a space for meeting the material needs of the patients of public hospitals through a variety of donations, besides being a way of humanization of relationships in a hospital. The hypothesis we proposed affirmed that the voluntary work did not enhance the right to public health. This means that in spite of the possibility of taking action in the care to the needs of the users of public hospitals, this does not occur in a perspective of social rights, but in a movement of ressurgence of the practice of philanthropy in the private health care. The research, which is qualitative, utilized as instruments the documental analyses, the participant observation and semi-structured interviews with nineteen participants, being eight voluntary workers, ten health care professionals e one representative of the hospital administration. Departing from the data, we realized that there is plenty of different understandings about the objectives and the possibilities of acting for voluntary work, being found speeches that praised the practice and support it in the daily life of a hospital and also speeches that highlight the limitations to it and voice critics to it. Mainly, the voluntary work was recognized, departing from the researched data, as in important space of meeting the needs of the users e legitimated by the hospital's structure. We realized also that the services offered by voluntary workers are utilized by health care professionals, which strengthens the practice due to the absence of the State in offering determinated public heath care politics and the precariety with which they are implemented. Thus, sometimes the health care professionals get articulated with the public network of welfare, and sometimes this occurs with the voluntary workers, what highlights a dispute among political projects. In this sense, the voluntary work shows a complementarity among public and private in providing health care. The action of the voluntary work is related, thus, with questions that are present in the contemporary context of precarization of welfare politics and non responsabilization of the State, through the private providing of public services, through market and civil society. The hypothesis of our research was confirmed once we could point out that in the absence of the State and in a context of rivalry between public projects, the reinforcement of the privatization of health care against the understanding of health care as a right occurs. Through the research we pointed out that the action of the voluntary work aims to meet the immediate demands of the users of public health care services from the perspective of donation and obliging. | 
| Unidade Acadêmica: | Instituto de Ciências Humanas (ICH) Departamento de Serviço Social (ICH SER) | 
| Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2012. | 
| Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Política Social | 
| Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado | 
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