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Título: Panorama de mediadores inflamatórios solúveis em gestantes com diagnóstico de Covid-19 nos diferentes trimestres de gestação, desfechos clínicos neonatais e perfil antropométrico no primeiro ano de vida: um estudo exploratório
Autor(es): Fernandes, Geraldo Magela
Orientador(es): Castro, Luiz Claudio Gonçalves de
Assunto: Covid-19
Gravidez
Recém-nascidos - doenças
Data de publicação: 12-Jul-2024
Referência: FERNANDES, Geraldo Magela. Panorama de mediadores inflamatórios solúveis em gestantes com diagnóstico de Covid-19 nos diferentes trimestres de gestação, desfechos clínicos neonatais e perfil antropométrico no primeiro ano de vida: um estudo exploratório. 2023. 152 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023.
Resumo: Fundamentos: A descrição das consequências maternas, fetais e pediátricas da infecção por SARS-CoV-2 ocorrida no período gestacional e a investigação dos mecanismos subjacentes são ferramentas importantes ao melhor entendimento da doença e na provisão de evidências para melhores cuidados e tratamentos da díade mãe-filho, baseados em evidências científicas. Objetivos: Caracterizar as mudanças fisiológicas que ocorrem no perfil dos mediadores imunológicos durante a gestação, estudar as mudanças na resposta imunológica em gestantes infectadas pelo SARS-CoV-2 em diferentes trimestres da gestação e correlacioná-las com desfechos clínicos e antropométricos em seus recém-nascidos no período perinatal e no primeiro ano de vida dos lactentes. Métodos: Estudo realizado em duas fases. Na primeira fase, ocorreu um estudo observacional prospectivo projetado para caracterizar o estado imunológico de mulheres grávidas com COVID-19 convalescente e análise panorâmica da interação entre mediadores inflamatórios séricos solúveis. Uma amostra de 141 gestantes de todos os períodos gestacionais compreendeu pacientes com infecção convalescente por SARS-CoV-2 entre 3 a 20 semanas após o início dos sintomas (COVID, n=89) e um grupo controle de gestantes não infectadas cujo material para análise dos mediadores inflamatórios séricos foi colhido no período pré-pandêmico (GC, n=52). Na segunda fase, um total de 262 recém-nascidos de gestantes que tiveram infecção por SARSCoV-2 com início dos sintomas durante o período gestacional foram divididos em três grupos de acordo com o trimestre em que ocorreu a infecção materna: 1º trimestre (n=58), 2º trimestre (n=80) e 3º trimestre (n=124). Nesse grupo, estudou-se as correlações entre o perfil imunológico das gestantes e a gravidade da COVID materna com desfechos clínicos e antropométricos de seus filhos ao nascimento e no primeiro ano de vida. Resultados: Na primeira fase do estudo, os níveis de quimiocinas, citocinas próinflamatórias, citocinas reguladoras e fatores de crescimento foram quantificados por uma matriz de microesferas de alto rendimento. No grupo GC, a maioria dos mediadores solúveis inflamatórios séricos apresentou diminuição fisiológica progressiva no 2º e 3º trimestre de gravidez, enquanto níveis mais altos de quimiocinas, citocinas e fatores de crescimento foram observados no grupo de pacientes com COVID-19. As assinaturas de mediadores inflamatórios séricos solúveis e a análise do mapa de calor apontaram que o maior aumento observado no grupo COVID estava relacionado a citocinas próinflamatórias (IL-6, TNF-a, IL-12, IFN-g e IL-17). A análise de um conjunto maior de biomarcadores mostrou um aumento da razão entre os mediadores inflamatórios nos XI grupos COVID/GC no 2º (aumento de três vezes) e no 3º (aumento de três a 15 vezes) trimestres. A análise de rede integrativa demonstrou que a gravidez no GC evolui com conectividade decrescente entre pares de mediadores inflamatórios solúveis séricos em direção ao 3º trimestre. Embora o grupo COVID tenha apresentado um perfil semelhante, o número de conexões foi notavelmente menor ao longo da gravidez. Na segunda fase do estudo, encontrou-se uma incidência maior de gestantes que evoluíram para quadros mais graves quando infectadas no 3º trimestre (p<0.001) e maior incidência de prematuridade (p=0,0246). Não houve diferenças nas medidas antropométricas ao nascimento, quando os neonatos foram comparados pelo trimestre gestacional em que ocorreu a infecção materna ou pela gravidade da COVID-19 materna. Em relação ao seguimento longitudinal da antropometria no primeiro ano de vida desse grupo de crianças, encontrou-se menor ganho de peso no primeiro mês de vida entre os lactentes cujas mães tiveram COVID-19 no 2º e 3º trimestres gestacionais em comparação ao grupo 1º trimestre (p=0,0152) e menor ganho de peso no grupo cujas mães tiveram COVID grave (p=0,0148). Em relação ao comprimento, não houve diferença nos ganhos ao longo do primeiro ano de vida entre os grupos, mas na avaliação intragrupo observou-se menor ganho no primeiro mês de vida entre os filhos de mães com COVID grave e com infecção no 3º trimestre gestacional. Em relação ao perímetro cefálico, a avaliação intragrupos mostrou menor ganho no primeiro mês em todos os grupos, o qual persistiu no 6º mês de vida entre os lactentes, exceto no grupo cujas mães tiveram COVID no 1º trimestre gestacional. A melhora do ganho de perímetro cefálico ocorreu aos 12 meses, exceto no grupo de filhos de mães COVID não grave. Conclusão: No grupo de gestantes com COVID-19, encontrou-se aumento pronunciado nos níveis séricos de mediadores inflamatórios solúveis no 3º trimestre, associado à diminuição da interação em rede entre eles. A maior gravidade da COVID nas gestantes associou-se a maior frequência de prematuridade e de encaminhamento dos neonatos à Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Não houve diferenças no perfil antropométrico ao nascimento dos neonatos, independente do grupo. No entanto, o perfil antropométrico dos lactentes ao longo do primeiro ano de vida apresentou padrões diferentes em relação aos ganhos de peso, comprimento e perímetro cefálico, ao se comparar os grupos de acordo com a gravidade da COVID materna e com o período gestacional em que ocorreu a infecção pelo SARS-CoV-2.
Abstract: Background: The description of the maternal, fetal and pediatric consequences of SARS-CoV-2 infection occurring during pregnancy and investigating the underlying mechanisms is crucial for a better understanding of the disease and providing evidence for better care and treatments for the mother dyad -son, based on scientific evidence. Objectives: To characterize the physiological changes that occur in the profile of immunological mediators during pregnancy, to study changes in the immunological response in pregnant women infected by SARS-CoV-2 in different trimesters of pregnancy and to correlate them with clinical and anthropometric outcomes in their newborns. born in the perinatal period and in the first year of the infants' lives. Methods: Study carried out in two phases. In the first phase, a prospective observational study designed to characterize the immunological status of pregnant women with convalescent COVID-19 and panoramic analysis of the interaction between soluble serum inflammatory mediators took place. A sample of 141 pregnant women from all gestational periods comprised patients with convalescent SARS-CoV-2 infection between 3 and 20 weeks after the onset of symptoms (COVID, n=89) and a control group of uninfected pregnant women whose material for analysis of serum inflammatory mediators was collected in the pre-pandemic period (CG, n=52). In the second phase, a total of 262 newborns born to pregnant women who had SARS-CoV-2 infection with the onset of symptoms during the gestational period were divided into three groups according to the trimester in which the maternal infection occurred: 1st trimester (n=58), 2nd trimester (n=80) and 3rd trimester (n=124). In this group, correlations were studied between the immunological profile of pregnant women and the severity of maternal COVID with clinical and anthropometric outcomes of their children at birth and during the first year of life. Results: In the first phase of the study, levels of chemokines, pro-inflammatory cytokines, regulatory cytokines and growth factors were quantified using a highthroughput microsphere array. In the GC group, the majority of serum soluble inflammatory mediators showed a progressive physiological decrease in the 2nd and 3rd trimester of pregnancy, while higher levels of chemokines, cytokines and growth factors were observed in the COVID-19 patient group. Soluble serum inflammatory mediator signatures and heatmap analysis indicated that the greatest increase observed in the COVID group was related to pro-inflammatory cytokines (IL-6, TNF-, IL-12, IFN- and IL17 a) g. Analysis of a larger set of biomarkers showed an increase in the ratio of inflammatory mediators in the COVID/GC groups in the 2nd (three-fold increase) and 3rd (three- to 15-fold increase) trimesters. Integrative network analysis demonstrated XIII that pregnancy in GC evolves with decreasing connectivity between pairs of serum soluble inflammatory mediators towards the 3rd trimester. Although the COVID group had a similar profile, the number of connections was notably lower throughout the pregnancy. In the second phase of the study, a higher incidence of pregnant women who developed more severe conditions when infected in the 3rd trimester (p<0.001) and a higher incidence of prematurity (p=0.0246) was found. There were no differences in anthropometric measurements at birth when neonates were compared by the gestational trimester in which the maternal infection occurred or by the severity of maternal COVID19. Regarding longitudinal anthropometry follow-up in the first year of life of this group of children, less weight gain was found in the first month of life among infants whose mothers had COVID-19 in the 2nd and 3rd trimesters of pregnancy compared to the 1st trimester group. (p=0.0152) and less weight gain in the group whose mothers had severe COVID (p=0.0148). In relation to length, there was no difference in gains over the first year of life between the groups, but in the intra-group assessment, lower gains were observed in the first month of life among children of mothers with severe COVID and with infection in the 3rd trimester of pregnancy. . In relation to head circumference, the intragroup assessment showed a smaller gain in the first month in all groups, which persisted in the 6th month of life among infants, except in the group whose mothers had COVID in the 1st gestational trimester. The improvement in head circumference gain occurred at 12 months, except in the group of children of mothers with non-severe COVID. Conclusion: In the group of pregnant women with COVID-19, a pronounced increase in serum levels of soluble inflammatory mediators was found in the 3rd trimester, associated with a decrease in the network interaction between them. Greater severity of COVID in pregnant women was linked to a higher incidence of prematurity and referral of newborns to the Neonatal Intensive Care Unit. There were no differences in the anthropometric profile of the newborns at birth, regardless of the group. However, the anthropometric profile of infants during the first year of life revealed distinct patterns in terms of weight gain, length, and head circumference, when comparing the groups based on the severity of maternal COVID and the gestational period during which the SARSCoV-2 infection occurred.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FMD)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2023.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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