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Título: Relações espaciais na música ambiente : escutando music for airports (1978) de Brian Eno
Autor(es): Pinto, Pedro Oliveira Braule
E-mail do autor: pedrooliveirabraule@gmail.com
Orientador(es): Andrade, Miguel Gally de
Assunto: Música ambiente
Paisagem sonora
Relações espaciais
Eno, Brian, 1948- crítica e interpretação
Data de publicação: 4-Ago-2023
Referência: PINTO, Pedro Oliveira Braule. Relações espaciais na música ambiente: escutando music for airports (1978) de Brian Eno. 2022. 116 f., il. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: A pesquisa desenvolvida faz parte de um esforço interdisciplinar entre Música e Arquitetura, que visa trazer uma discussão sobre o som para uma área historicamente enraizada na visão. Sendo assim, é abordada uma importante obra musical do século XX, o álbum Ambient 1: Music for Airports (1978), do músico britânico Brian Eno. Elaborando em cima do conceito de música de mobília [musique d’ameublement] do compositor francês Erik Satie, Eno propõe, junto com o álbum em questão, uma Música Ambiente. Esta que deveria ser ‘tão ignorável quanto é interessante’, interferindo no espaço de modo a induzir um estado de calma e refl exão nos seus ouvintes, mesmo em lugares conturbados. A realização de Eno é paralela, temporalmente, com a de Murray Schafer, infl uente teórico responsável pelo desenvolvimento do termo ‘paisagem sonora’. Schafer caracteriza a paisagem sonora de seu tempo como repleta de ruídos e ausente de silêncios, para isso ele eleva a importância da escuta, de modo a melhor selecionar os sons que devem ou não permanecer na paisagem. Argumenta-se que a proposta de Eno, situada em um contexto semelhante ao de Schafer, admite uma maneira diferente de lidar com a paisagem sonora de seu tempo, se integrando aos ruídos e sons ordinários do espaço, sem se impor. A proposta de Eno estaria então atuando na esfera estética das atmosferas, uma aura sensível emanada por objetos, apreendida pelo sujeito como uma ‘sensação compartilhada’. Esta que seria ameaçada constantemente pela prática de músicas funcionais como a Muzak, que visam a regularização atmosférica dos espaços, baseada em premissas de produtividade e efi ciência. A pesquisa toma Music for Airports como uma manifestação sonora não-musical, sendo enquadrada nas artes sonoras. Essa aproximação permite que a obra seja analisada em um contexto mais próximo da Arquitetura, evidenciando as suas relações espaciais. Nesse sentido, questiona-se como uma música pode ter um papel arquitetônico, de modifi car e ressignifi car espaços, sem entrar em uma lógica de controle e regulação. A pesquisa acaba se debruçando sobre uma política de escuta, capaz de repensar as relações sonoras cotidianas, em especial sobre os sons que passam despercebidos. A dissertação em questão busca avaliar as qualidades do álbum Music for Airports, junto com os textos de Brian Eno, que extrapolam os limites da música e se aproximam do exercício espacial arquitetônico, pautado principalmente em sons, ruídos, silêncios e moods.
Abstract: The research here is part of an interdisciplinary eff ort between Music and Architecture, that seeks to bring a discussion regarding sound to an area historically rooted in vision. Furthermore, the research addresses an important musical work of the twentieth century, the album Ambient 1: Music for Airports (1978), by the English musician Brian Eno. Building on top of the concept of furniture music [musique d’ameublement] by French composer Erik Satie, Eno proposes, along with the album in question, an Ambient Music. One that should be ‘as ignorable as it is interesting’. Interfering in space as to induce a state of calm and thought on listeners, even in confusing places. Eno’s realization is parallel, temporally, with Murray Schafer’s, infl uential researcher responsible for the development of the term ‘soundscapes’. Schafer understands the soundscape of his time as one fi lled with noises and lacking silences, by which he elevates the importance of listening, as to better select the sounds that should or not remain in the soundscapes. Here is proposed that Eno’s work, while on a similar context of Schafer’s, admits a diff erent manner as to deal with their problematic soundscape, integrating itself with the sounds and noises of the space, without the need to impose. Eno’s proposal would then be acting in the aesthetic realm of atmospheres, a sensible aura emanated from objects, seized by the subject as a ‘shared feeling’. One that could be threatened constantly by the practice of functional musics like Muzak, that seeks to regulate space’s atmospheres, based on premises of effi ciency and productivity. The research takes Music for Airports as a non-musical sonic manifestation, as part of the Sound Arts. This approach allows the work to be analyzed in a context closer to that of Architecture, revealing its spatial relations. In that regard, it comes into question how a type of music could have an architectural role, of modifying and requalifying spaces, without getting into a logic of control and regulation. The research ends up leaning over a politics of listening, able to rethink everyday’s sound relations, specially regarding sounds that go unnoticed. This dissertation seeks to avail the qualities of the album Music for Airports, along with the texts of Brian Eno, that extrapolate the boundaries of music, edging closer to an architectural spatial practice, described mainly in terms of sounds, noises, silences and moods.
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, 2022.
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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