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Título: Efeitos positivos e heterogêneos da tecnologia e da automação nos salários : estudos combinados em um design metodológico multinível
Autor(es): Ribeiro, Anna Carolina Mendonça Lemos
Orientador(es): Santos Júnior, Carlos Denner dos
Assunto: Tecnologia da informação
Desigualdade salarial
Salário
Educação
Gênero
Data de publicação: 10-Nov-2022
Referência: RIBEIRO, Anna Carolina Mendonça Lemos. Efeitos positivos e heterogêneos da tecnologia e da automação nos salários: estudos combinados em um design metodológico multinível. 2022. 82 f., il. Tese (Doutorado em Administração) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: As tecnologias da informação (TIs) estão cada vez mais presentes nas organizações, transformando o mundo do trabalho em uma escala e velocidade nunca antes vistas, o que gera preocupações quanto aos seus impactos nos salários, especialmente de grupos menos qualificados e de mulheres. Indivíduos com maior grau educacional tendem a ter melhores salários. Por outro lado, mulheres, que geralmente são mais educadas do que os homens, tendem a ter salários mais baixos do que os deles. Embora ainda sejam divergentes as evidências sobre os efeitos da tecnologia na desigualdade salarial, a mudança tecnológica baseada em habilidades (SBTC) tem sido considerada uma importante explicação para o aumento dessa desigualdade entre grupos de diferentes níveis educacionais e entre homens e mulheres. Segundo esse modelo, a tecnologia muda a natureza do trabalho, afeta a estrutura das tarefas, altera os requisitos de habilidades, substitui ou complementa as pessoas na execução de tarefas, sendo capaz de aumentar a desigualdade salarial. Esta tese, de natureza quantitativa, objetiva investigar se a intensidade de uso de TIs das empresas brasileiras, categorizado em três níveis, aumenta a diferença salarial entre gêneros e entre trabalhadores de três níveis de escolaridade (fundamental, que inclui o analfabeto ao ensino médio incompleto; médio, que abarca o ensino médio completo ao ensino superior incompleto; e superior, que engloba o ensino superior, mestrado e doutorado completos). Utilizou-se dados no nível do indivíduo, de 2018, obtidos da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que proporciona dados oficiais sobre o mercado de trabalho no Brasil, e da pesquisa TIC Empresas, que coleta dados da adoção de TIs em empresas do país, por meio de uma metodologia embasada em padrões internacionais. No geral, constatou-se que o impacto da tecnologia no salário é positivo, mas heterogêneo. Em uma amostra de 1.447.782 indivíduos, percebeu-se que a tecnologia favorece pessoas com nível educacional elevado, as quais já ganham mais em qualquer empresa, independente da intensidade de uso de TI na organização. Empregados com nível médio e superior (podendo ter mestrado e doutorado) possuem salário 6,2% e 10,57% maior, respectivamente, quando empregados em empresas de alta intensidade de uso de TIs do que em empresas de baixa intensidade. Ou seja, a desigualdade salarial que já existe entre os mais e menos educados aumenta em empresas com maior intensidade de uso de TI. Ademais, percebeu-se que as mulheres ganham cerca de 24% a menos do que os homens nas empresas investigadas, indicando uma diferença salarial entre os sexos. Ocorre também um aumento salarial de ambos, sendo de 4,6% para homens e de 5,2% para mulheres, quando empregados em empresas com alta intensidade de uso de TIs em relação a empresas com baixa intensidade. Entretanto, não se percebeu aumento da diferença salarial entre os sexos em razão dessa intensidade de uso de tecnologia, indicando que esse uso não aumenta a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Portanto, os efeitos das TIs na desigualdade salarial são heterogêneos, com impactos distintos por nível educacional, mas não por sexo. A presente tese contribui com as literaturas de sistemas de informação e de administração, as quais possuem considerável lacuna de estudos sobre as relações entre salário e uso de tecnologia. Apresenta também implicações para políticas públicas, organizacionais, sociais e individuais.
Abstract: Information technologies (ITs) are increasingly present in organizations, transforming the world of work at a scale and speed never seen before, which raises concerns about their impact on wages, especially for less qualified groups, and, in of the women. Individuals with higher education tend to have better salaries. On the other hand, women, who are generally more educated than men, tend to have lower wages than men, comparatively. Although the evidence on the effects of technology on wage inequality is still mixed, skill-based technological change (SBTC) has been considered an important explanation for the increase in this inequality between groups of different educational levels and between men and women. According to this model, technology changes the nature of work, affects the structure of tasks, changes skill requirements, replaces or complements people in performing tasks, and is capable of increasing wage inequality. This thesis of a quantitative nature, aims to investigate whether the intensity of use of ITs by Brazilian companies, categorized into three levels, increases the wage gap between genders and between workers at three levels of schooling: elementary school (which includes the illiterate up to high school incomplete); high school (which encompasses complete secondary education to incomplete higher education); and higher education (which encompasses complete higher education, master's and doctoral degrees). We used data at the individual level, from 2018, obtained from the Annual Report of Social Information (Rais), which provides official data on the labor market in Brazil, and from the ICT Enterprises survey, which collects data on the adoption of ITs in companies through a methodology based on international standards. Overall, the impact of technology on earnings was found to be positive, but heterogeneous. In a sample of 1,447,782 individuals it was noticed that technology favors people with a high educational level, who already earn more in any company, regardless of the intensity of IT use in the organization. Employees with secondary and higher education (which may have a master's and doctoral degree) have a salary that is 6.2% and 10.57% higher, respectively, when employed in companies with high IT intensity than in low-intensity companies. In other words, the wage inequality that already exists between the more and less educated increases in companies with greater intensity of IT use. Furthermore, it was noticed that women earn about 24% less than men. There is also a wage increase for both, being 4.6% for men and 5.2% for women, when employed in companies with high intensity in the use of TIs in relation to companies with low intensity. However, there was no increase in the wage gap between the sexes due to this intensity in the use of technology, indicating that this use does not increase the wage inequality between men and women. Therefore, the effects of TIs on wage inequality are heterogeneous, with different impacts by educational level, but not by sex. This thesis contributes to the literature on information systems and administration, which have a considerable gap in studies on the relationship between salary and technology use. It also presents implications for public, organizational, social and individual policies.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE)
Departamento de Administração (FACE ADM)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e Gestão Pública, Programa de Pós-Graduação em Administração, 2022.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
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