Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/42166
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2021_IgorEduardoJesusMagalhães.pdf2,37 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Adaptações neurofisiológicas após sessões de caminhada em declive e caminhada para trás com e sem alívio do peso corporal
Autor(es): Magalhães, Igor Eduardo Jesus
Orientador(es): Mezzarane, Rinaldo André
Assunto: Caminhada
Suporte de Peso Corporal;
Reflexo H
Referência: MAGALHÃES, Igor Eduardo Jesus. Adaptações neurofisiológicas após sessões de caminhada em declive e caminhada para trás com e sem alívio do peso corporal. 2021.72 f. il. Tese (Doutorado em Educação Física) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: A neuroplasticidade atividade-dependente é caracterizada por uma reorganização em certas regiões do sistema nervoso central, frequentemente associada a alterações estruturais, que refletem uma adaptação do sistema nervoso em resposta a atividades desempenhadas a curto ou longo prazo. A caminhada, por exemplo, tem sido bastante utilizada para induzir plasticidade na medula espinhal, sendo uma intervenção interessante do ponto de vista clínico pela sua simples execução e por promover benefícios para o controle motor e acentuar as melhorias observadas em diversas condições patológicas. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos de uma sessão de caminhada em declive (CD) ou caminhada para trás (CT) na neurofisiologia da medula espinhal e se esses efeitos são equivalentes com ou sem o uso de suporte de peso corporal. MÉTODOS: Quinze adultos saudáveis participaram do estudo, sendo 9 homens e 6 mulheres (26,2 ± 5,8 anos; 76,15 ± 17,98 kg; 1,72 ± 0,10 cm). Os participantes realizaram 4 visitas ao laboratório, com intervalo de 1 semana. Em cada visita, foi realizado uma sessão de caminhada de 20 min em quatro diferentes condições, de forma aleatorizada: 1) CD com peso corporal total (CDPT); 2) CD com alívio de 20% do peso (CD20); 3) CT com peso corporal total (CTPT); 4) CT com alívio de 20% do peso (CT20). O reflexo H do músculo sóleo (SO) foi mensurado antes (PRE) e após 10 min (POS) e 45 min (POS45) do término da caminhada. Parâmetros extraídos da alça ascendente da Curva de Recrutamento (CR) do reflexo H foram comparados entre os tempos e entre as condições (CDPT x CD20 e CTPT x CT20), além da Inibição Pré-Sináptica (IPS) D1 e D2. Frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA) e percepção subjetiva de esforço (PSE) também foram mensuradas a cada 5 min durante a caminhada. Uma ANOVA de medidas repetidas de duas vias foi aplicada para detectar diferenças nos parâmetros do reflexo H entre as situações (PRE x POS x POS45) e entre as condições (CDPT x CD20 e CTPT x CT20). Quando necessário, um teste post hoc LSD foi empregado para detectar diferenças significativas. O nível de significância adotado foi de p<0,05. RESULTADOS: Foram encontradas reduções significativas em vários parâmetros da curva associadas aos motoneurônios de diferentes calibres para todas as condições em momentos distintos, mas não foram detectadas diferenças nos parâmetros associados aos mecanismos pré-sinápticos (IPS-D1 e IPS-D2), o que mantém aberta a discussão sobre qual mecanismo neurofisiológico altera o padrão de recrutamento dos motoneurônios após as diferentes condições de caminhada. CONCLUSÃO: O presente estudo foi capaz de verificar que 20 minutos de CD e CT foram capazes de gerar adaptações neurofisiológicas na excitabilidade reflexa dos motoneurônios (MNs) do SO. Aparentemente, o fato da CD e da CT envolver uma complexidade motora maior do que a caminhada em plano horizontal, caracterizada principalmente pelas contrações excêntricas dos músculos do membro inferior pode explicar a redução da excitabilidade geral dos MNs. Além disso, sugere- se que possivelmente as ligações heterônimas dos nervos de diferentes musculaturas envolvidas durante a caminhada vão muito além da simples ação de inibição pré-sináptica entre antagonistas e podem ter influenciado nas respostas apresentadas no presente estudo. Ainda, foi verificado que mesmo após suporte de 20% do peso, ambas as condições de caminhada manifestaram adaptações neurofisiológicas na excitabilidade dos MNs do SO. Estes resultados sugerem, por exemplo, que a CD e a CT podem ser utilizadas como estratégia de reabilitação para diferentes populações que possuem restrições ortopédicas e funcionais.
Abstract: Activity-dependent neuroplasticity is characterized by a reorganization in certain regions of the central nervous system, associated with previous alterations, which reflect an adaptation of the nervous system in response to activities performed in the short or long term. Walking, for example, was widely used to induce plasticity in the spinal cord, being an interesting intervention from the clinical point of view for its simple execution and for promoting benefits for motor control and accentuating the improvements observed in various pathological conditions. PURPOSE: The present study aims to evaluate the effects of a downhill walking (DW) or backward walking (BW) session on spinal cord neurophysiology and whether these effects are equivalent with or without the use of body weight support. METHODS: Fifteen healthy adults participated in the study, 9 men and 6 women (26.2 ± 5.8 years; 76.15 ± 17.98 kg; 1.72 ± 0.10 cm). Participants made 4 visits to the laboratory, with a 1 week interval. At each visit, a 20-min walking session was performed under four different conditions, in a randomized manner: 1) DW with total body weight (DWTW); 2) DW with 20% body weight support (DW20); 3) BW with total body weight (BWTW); 4) BW with 20% body weight support (BWT20). The soleus muscle (SO) H reflex was measured before (PRE) and after 10 min (POS) and 45 min (POS45) after the end of the walk. Parameters extracted from the ascending loop of the Recruitment Curve (RC) of the H reflex were compared between times and between conditions, in addition to Presynaptic Inhibition (PSI) D1 and D2. Heart rate (HR), blood pressure (BP) and subjective perceived exertion (SPE) were also measured every 5 minutes during walking. A two-way repeated measures ANOVA was applied to determine differences in the H-reflex parameters between times (PRE x POS x POS45) and between conditions (CDPT x CD20 and CTPT x CT20). When necessary, a post hoc LSD test was performed to detect differences. The level of significance adopted was p <0.05. RESULTS: Reductions were found in several parameters of the curve associated with motoneurons of different sizes for all conditions at different times, but no differences were detected in the parameters associated with presynaptic mechanisms (IPS-D1 and IPS-D2), which maintains open discussion on which neurophysiological mechanism alters the pattern of recruitment of motoneurons after different walking conditions. CONCLUSION: The present study was able to verify that 20 minutes of walking downhill and backward were able to generate neurophysiological adaptations in the reflex excitability of the SO motoneurons. Apparently, the fact that DW and BW involve a greater motor complexity than walking in a horizontal plane, characterized mainly by eccentric contractions of the muscles of the lower limb, may explain the reduction in the general excitability of motoneurons (MNs). In addition, it is necessary that possibly the heteronymous connections of the nerves of different muscles involved during walking go far beyond the simple action of presynaptic inhibition between antagonists and may have influenced the responses to the present study. Furthermore, it was verified that even after the 20% body weight support, the walking conditions manifested neurophysiological adaptations in the excitability of the SO MNs. These results obtained demonstrates that a BW and DW can be used as a rehabilitation strategy for different populations that have orthopedic and adapted restrictions, even with a body weight support.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Educação Física (FEF)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, 2021.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.