Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/41924
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2021_EduardoHenriqueRodriguesPereira.pdf31,15 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Geologia, controle estrutural e mineralogia do escarnito mineralizado em ouro e tungstênio da Mina Bonfim-II, Província Borborema, Rio Grande do Norte, Brasil
Autor(es): Pereira, Eduardo Henrique Rodrigues
E-mail do autor: eduhenrique975@gmail.com
Orientador(es): Botelho, Nilson Francisquini
Coorientador(es): Oliveira, Claudinei Gouveia de
Assunto: Escarnito
Mina Bonfim-II
Ouro - minas e mineração
Tungstênio
Bismuto
Mineralização
Data de publicação: 25-Ago-2021
Referência: PEREIRA, Eduardo Henrique Rodrigues. Geologia, controle estrutural e mineralogia do escarnito mineralizado em ouro e tungstênio da Mina Bonfim-II, Província Borborema, Rio Grande do Norte, Brasil. 2021. [37] f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: O corpo de minério da Mina Bonfim-II é constituído por escarnito mineralizado em tungstênio e ouro, disposto como uma camada estratiforme na base do pacote de mármores, em contato concordante com flogopita xistos da Formação Jucurutu, base do Grupo Seridó. A estruturação em Bonfim encontra-se segundo o trend de direção NNE, ao longo do qual existem três depósitos de minério que são Bonfim-I, Bonfim-II e Bonfim-III, que compõem o Sistema Estrutural Bonfim (SEB). O escarnito exibe zonação vertical, que marca o contato superior com tremolita- flogopita mármores, a zona do diopsídio (zona central) mineralizada em scheelita e molibdenita, produto de alteração e substituição de mármore dolomítico, e a zona da zoizita-clinozoizita (zona inferior), com clorita, epidoto e sericita provenientes do hidrotermalismo em flogopita xistos, que exibe fraturas preenchidas por ouro e bismuto. O corpo de minério escarnítico encontra-se segundo a direção N10oE/30oSE, deformado por cisalhamento em condições dúcteis, assumindo a forma de boudins, cujo eixo de maior elongamento possui caimento de 12o para NNE. A scheelita ocorre sob a forma de boudins, associada à molibdenita. Tais condições mostram que a mineralização de tungstênio é sintectônica, e consiste na primeira fase de mineralização, sistema W-Mo. O ouro ocorre associado aos minerais de bismuto e telúrio, preenchendo falhas e fraturas de cisalhamento com atitude N70oW/75oSW, seccionando e deslocando o bandamento do escarnito de direção N10oE/30oSE. Tais feições estruturais evidenciam que o ouro pertence a uma segunda fase de mineralização, o sistema Au-Bi-Te, formado em condições rúpteis na crosta. As fraturas auríferas normalmente são verticalizadas e espaçadas entre si, ocorrendo como veios estreitos sob a forma de sheeted veins. Dados geocronológicos evidenciam que o pico do metamorfismo no ciclo Brasiliano teria ocorrido por volta de 600 Ma, e a granitogênese a partir de 577 + 4,5 Ma, com base em dados U-Pb. Em Bonfim foram obtidas datações Re/Os em molibdenita de 524 + 2 Ma, indicando que está seja a idade para a 1a fase de mineralização em Bonfim. Admite- se que as estruturas que controlam a 2a fase de mineralização estejam relacionadas às intrusões pegmatíticas tardi-brasilianas, que marcam o estágio final do magmatismo. Datações U-Pb em tantalita de pegmatitos revelam idades de 514 + 1,1 Ma para a fase tardia da orogenia, correlacionadas ao sistema Au+Bi+Te. Considera-se que os pegmatitos sejam a fonte de fluidos hidrotermais da mineralização aurífera. A minerografia mostra que a paragênese aurífera é composta por bismuto, bismutinita, joseíta (Bi4TeS2), calcopirita, hedleyita (Bi7Te3) e gersdorffita (NiAsS), sendo os dois últimos inéditos. As principais formas de ocorrência do ouro são: livre na ganga, em contato com bismuto, bismutinita e joseíta, ou em fraturas. A ganga das fraturas é composta por prehnita, indicando que a precipitação do ouro teria ocorrido na fácies metamórfica prehnita-pumpelliyta. Descrições petrográficas mostram que o diopsídio é o mineral predominante, tendo ainda actinolita, tremolita, calcita, clorita, muscovita, plagioclásio reliquiar, feldspato potássico (KF) e acessórios como titanita, apatita e allanita. Houve intenso processo de alteração dos feldspatos gerando sericita, carbonato, epidoto e zoisita-clinozoisita. Além disso, permitiram identificar uma granada rica em cromo, que ainda não havia sido identificada em Bonfim. Análises de microssonda eletrônica indicam elevados teores em prata, até 16,09%Ag na composição do ouro, e ainda bismuto e telúrio que podem alcançar até 0,44%Bi, e 0,16% Te. O escarnito Bonfim é um exoescarnito, cálcico, reduzido e distal, formado por meio de fluidos hidrotermais migrados por zonas de cisalhamento, e/ou superfícies de contato.
Abstract: The ore body of Mina Bonfim-II consists of mineralized gold tungsten skarn as a stratiform layer at the base of the marble package in concordant contact with phlogopite schists from the Jucurutu Formation, base of the Seridó Group. The structure in Bonfim follows the NNE trend along which there are three ore deposits: Bonfim-I, Bonfim-II and Bonfim-III, which make up the Bonfim Structural System (SEB). The skarn shows a vertical zonation which marks the upper contact with tremolite- phlogopite marbles, the diopside zone (central zone) is mineralized in scheelite and molybdenite as a product of alteration and replacement of dolomitic marble and the zoizite-clinozoizite zone (lower zone) with chlorite, epidote and sericite from hydrothermalism in phlogopite schists, which exhibit fractures filled with gold and bismuth. The skarn ore body strikes about N10oE and dip 30o to the SE deformed by shear zone under ductile conditions, assuming the form of boudins whose longer axis plunge 12o towards N10oE. Scheelite occurs as boudins associated with molybdenite. Such conditions show that tungsten mineralization is syntectonic and consists of the first phase of mineralization, the W-Mo system. Gold occurs associated with bismuth and tellurium minerals filling faults and shear fractures that strike about N70oW and dip 75o to the SW, sectioning and displacing the skarn banding in the strike N10oE and dip 30o to the SE direction. Such structural features evidence that gold belongs to a second phase of mineralization the Au-Bi-Te system, formed under brittle conditions in the crust. Gold fractures are usually vertical and spaced apart occurring as narrow veins in the form of sheeted veins. Geochronological data shows that the peak of metamorphism in the Brasiliano cycle would have occurred around 600 Ma, and granitogenesis from 577 + 4.5 Ma based on U-Pb data. At Bonfim Re/Os datings on molybdenite of 524 + 2 Ma were obtained indicating that this is the age of the 1st phase of mineralization at Bonfim. It is assumed because the structures that control the 2nd phase of mineralization are related to late Brasilian pegmatitic intrusions, which mark the final stage of magmatism. U-Pb dating in tantalite of pegmatites reveals ages of 514 + 1.1 Ma for the late phase of the orogeny, correlated to the Au+Bi+Te system. Pegmatites are considered to be the source of hydrothermal fluids for gold mineralization. The minerography shows that the gold paragenesis is composed of bismuth, bismutinite, joseite (Bi4TeS2), chalcopyrite, hedleyite (Bi7Te3) and gersdorffite (NiAsS), the last two never been published. The main forms of gold occurrence are: free in the gangue, in contact with bismuth, bismutinite and joseite, or in fractures. The gangue of the fractures is composed of prehnite, indicating that the gold precipitation would have occurred in the prehnite-pumpelliyte metamorphic facies. Petrographic descriptions show that diopside is the predominant mineral, with actinolite, tremolite, calcite, chlorite, muscovite, plagioclase relic, k-feldspar and accessories such as titanite, apatite and allanite. There was an intense process of alteration of the feldspars, generating sericite, carbonate, epidote and zoisite- clinozoisite. Furthermore, allowed to identify a chromium-rich garnet which had not yet been identified in Bonfim. Electron microprobe analyzes indicate high levels of silver up to 16.09%Ag in the composition of gold, and even bismuth and tellurium, which can reach up to 0.44%Bi, and 0.16% Te. Bonfim skarn is an exoskarn, calcic, reduced and distal, formed by means of hydrothermal fluids migrated by shear zones and/or contact surfaces.
Unidade Acadêmica: Instituto de Geociências (IG)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2021.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.