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Título: A adoção de seguro de depósitos e seus impactos na intermediação financeira, na estabilidade bancária e no risco moral no Brasil
Autor(es): Andrade, Walace Gonçalves de
Orientador(es): Medeiros, Otávio Ribeiro de
Assunto: Seguro de depósitos
Intermediação financeira
Estabilidade bancária
Risco moral
Data de publicação: 30-Jun-2020
Referência: ANDRADE, Walace Gonçalves de. A adoção de seguro de depósitos e seus impactos na intermediação financeira, na estabilidade bancária e no risco moral no Brasil. 2019. 92 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: Instituições financeiras exercem o papel relevante de intermediários financeiros nas economias capitalistas, pois são elas, mais especificamente os bancos, que alocam recursos entre os agentes de mercado. As crises financeiras demonstram os danos que podem ser causados nos momentos em que a intermediação financeira fica prejudicada, em virtude da perda de liquidez causada aos intermediadores que, assim, não podem cumprir seus compromissos. Devido a essa importância, legisladores, reguladores e pesquisadores dedicam esforços a fim de criar mecanismos que visem a proteger as atividades de intermediação financeira, como também os agentes envolvidos nessas atividades. Dentre os vários mecanismos existentes, um dos mais populares é o seguro de depósitos, que constitui uma espécie de reserva dos bancos, fomentada ou não pelo governo, a qual evita que os contribuintes, suspeitando da saúde financeira do banco que administra seus depósitos, façam o saque de seus recursos, forçando os bancos a liquidar seus investimentos antecipadamente, incorrendo em perdas danosas, sendo esse fenômeno conhecido como corrida bancária. Apesar de sua popularidade, a literatura considera a implementação do seguro de depósitos como um impulso para o aumento do risco moral no sistema bancário, com um efeito geral desestabilizador. No entanto, alguns pesquisadores ponderam os efeitos citados, argumentando que tais situações têm maior propensão de ocorrer em ambientes com instituições, regulação e supervisão fracas. No Brasil, o primeiro seguro de depósitos reconhecido a ser criado foi o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que foi implementado visando a devolver a confiança pública ao sistema bancário, a auxiliar o Banco Central do Brasil (BACEN) com a reestruturação bancária e a fim de evitar uma crise bancária que já assombrava os vizinhos latino-americanos. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo investigar a importância e a influência do FGC na expansão da intermediação financeira, na estabilização do sistema bancário brasileiro e no risco moral que os bancos brasileiros podem engajar-se a partir dos incentivos trazidos por essa agência recém-criada. Para que esse objetivo fosse alcançado, foi feita uma análise empírica-analítica com foco no crescimento dos depósitos, na estabilidade individual dos bancos, através da análise do índice z-score, e no risco assumido pelos bancos a partir de sua alavancagem. A análise empírica foi realizada por meio da estimação de modelos econométricos com dados em painel, utilizando-se o método de mínimos quadrados ordinários e mínimos quadrados de dois estágios. Os resultados dos testes demonstram evidências que o FGC influenciou positivamente a intermediação financeira e o risco moral assumido pelos bancos. Porém, os resultados para estabilidade bancária não validaram a hipótese no contexto assumido por esta pesquisa. Portanto, este estudo contribuiu para a literatura internacional nos aspectos de estabilidade bancária e risco moral relacionados ao seguro de depósitos, uma vez que abarcou um país com um histórico de diversas reformas, corroborando os resultados já pesquisados na literatura. No tocante à intermediação financeira, este estudo contribuiu ao evidenciar os resultados existentes sobre implementação de seguros de depósitos em países considerados emergentes e que pode servir de exemplo para países ainda não adotantes desse modelo de segurança financeira. Quanto à literatura nacional, a contribuição se mostra relevante, considerando que não foi identificado trabalho do gênero, agregando-se às escassas pesquisas associadas a seguro de depósitos, intermediação financeira e estabilidade bancária no Brasil.
Abstract: Financial institutions, more specifically banks, play a vital role as financial intermediaries in capitalist economies, as it is, they that allocate resources among market players. Financial crises show the damage that can be caused at times when financial intermediation is impaired because intermediaries have lost liquidity and are unable to meet their commitments. Thanks to this importance, lawmakers, regulators, and researchers are working to create mechanisms to protect financial intermediation activities as well as the actors involved in those activities. Among the various mechanisms in existence, one of the most popular is deposit insurance, which is a kind of bank reserve, whether or not funded by the government, which serves to prevent depositors, suspecting the financial health of the bank managing their deposits, withdrawing its resources, forcing banks to liquidate their investments in advance, incurring damaging losses, being this phenomenon known as bank run. Despite its popularity, the literature considers the implementation of deposit insurance as an impetus for increasing moral hazard in the banking system, with a generally destabilizing effect. However, some researchers ponder the effects cited by arguing that such situations are more likely to occur in environments with weak institutions, regulation and supervision. In Brazil, the first recognized deposit insurance to be created was the Credit Guarantee Fund (FGC), which was implemented to restore public confidence to the banking system, to assist the Central Bank of Brazil (BACEN) with bank restructuring and to avoid a banking crisis that was already haunting the Latin American neighbors. In this sense, this study aimed to investigate the importance and influence of the FGC in the expansion of financial intermediation, the stabilization of the Brazilian banking system and the moral hazard that Brazilian banks can engage from the incentives brought by this newly created agency. In order to achieve this goal, an empirical-analytical analysis focusing on deposit growth, individual bank stability through analysis of the z-score index and the risk assumed by banks from their leverage was performed. The empirical analysis was performed through the estimation of econometric models through panel data using the ordinary least squares and two-stage least squares method. The results of the empirical tests provide evidence that the FGC positively influenced financial intermediation and moral hazard assumed by banks, but the results for bank stability did not validate the hypothesis in the context of this research. In this case, this study contributed to the international literature on aspects of bank stability and moral hazard related to deposit insurance, since it covered a country with a history of various reforms, corroborating the results already researched in the literature. Regarding financial intermediation, this study contributed by corroborating the existing results on the implementation of deposit insurance in countries considered as emerging countries and which may serve as an example for countries not yet adopting this financial security model. As for the national literature, the contribution is relevant, considering that no such work was identified, adding to the scarce research associated with deposit insurance, financial intermediation and bank stability in Brazil.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (FACE)
Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais (FACE CCA)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, 2019.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
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