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Título: Entre o rio e o mar : práticas corporais e cotidiano na Comunidade Quilombola do Cumbe
Autor(es): Oliveira, Ana Amélia Neri
Orientador(es): Almeida, Dulce Maria Filgueira de
Assunto: Comunidades quilombolas
Identidade cultural
Práticas corporais
Práticas culturais
Data de publicação: 6-Jun-2019
Referência: OLIVEIRA, Ana Amélia Neri. Entre o rio e o mar: práticas corporais e cotidiano na Comunidade Quilombola do Cumbe. 2018. 173 f., il. Tese (Doutorado em Educação Física)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: O grupo social investigado apresenta uma identidade tradicional-pesqueira, relevada predominantemente na cultura do mangue e ressignificada a partir das relações sociais familiares, laborais e de lazer, também uma identidade negra-quilombola que é legitimada pela autodeclarada desse coletivo como remanescente de quilombos, esta é orientada principalmente pelos vínculos estabelecidos com o território como espaço social. Tais identidades balizam a construção do cotidiano e modificam o habitus comunitário. Perante o exposto, a presente tese teve como objetivo compreender os sentidos e significados das práticas corporais expressas no cotidiano do grupo social constituído pela Comunidade Quilombola do Cumbe. Para tanto, foi produzido um registro das práticas corporais desse grupo social com base na constituição dos seus elementos identitários e uma análise acerca dos modos de construção do seu cotidiano a partir do ritual Festa do Mangue do Cumbe. Ademais, foi elaborada uma análise das práticas corporais como mecanismos de resistência cultural do corpo pesqueiro-quilombola no âmbito do ritual “Cumê no Mato” e do teatro dos Calungas do Cumbe. A pesquisa empreendida consistiu em um estudo de caso com abordagem qualitativa, retratada no texto de orientação etnográfica, elaborado conforme a perspectiva teórico-metodológica da sociologia da vida cotidiana. A observação participante e a entrevista compreensiva foram usadas como procedimentos de obtenção de informações de campo, além das conversas informais. Os representantes da Associação Comunitária do Cumbe, as lideranças comunitárias e os atores sociais praticantes ou conhecedores das práticas corporais atuaram como participantes da pesquisa. Conforme a análise realizada: (i). as práticas corporais expressam uma tradição que assume um sentido lúdico e festivo; (ii). a Festa do Mangue do Cumbe consiste em um ritual visto como um evento de cunho político e uma celebração intercomunitária a qual assume um sentido de diversão integrada à luta pelo território livre. Essa festa reclama um sentido de lazer comunitário que acontece em espaços reconhecidos socialmente como tradicionais pelo grupo social; (iii). o corpo pesqueiro-quilombola se manifesta e torna visível as identidades tradicional-pesqueira e negra-quilombola ao ressignificar e reinventar as suas práticas corporais, idem ao reivindicar e reafirmar os seus direitos (sociais territoriais e culturais) por meio das práticas corporais tradicionais, percebidas como formas de resistência cultural; (iv). O “Cumê no mato” pertence ao habitus comunitário e transpõe o tempo ao passo que se ancora na tradição de ir ao rio. Este ritual é ressignificado cotidianamente, haja vista a brincadeira da pescaria e do banho no rio que lhe conferem um sentido de tradição. Enquanto a dança e os cuidados com o corpo lhe atribuem um sentido de tradição reinventada. As práticas corporais presentes no “Cumê no Mato” são interpretadas como mecanismos de resistência, mudança e reinvenção cultural ao passo que essas saem de uma invisibilidade social, no âmbito da sociedade brasileira.
Abstract: The social group investigated has a traditional fishery identity, which is predominant in the culture of man and re-signified, and also the black-quilombola identity that is legitimized by the self-declared collective as a remnant of quilombos, is guided by the last links with the content as social space. Such identities mark a construction of daily life and modify the community habitus. Losing the above, a gift that understands the meanings and meanings of corporate practices expressed in the daily life of the social group constituted by the “Comunidade Quilombola do Cumbe”. For that, a record of corporate practices on the social group was produced based on the constitution of its identity elements and an analysis on the ways of building the daily life from the ritual of the “Festa do Mangue do Cumbe”. In addition, an analysis of the corporate practices as mechanisms of cultural resistance of the fishingquilombola body was elaborated within the scope of the ritual "Cumê no Mato" and of the “teatro dos Calungas do Cumbe”. The research undertaken consisted of a case study with a qualitative approach, portrayed in the text of ethnographic orientation, elaborated according to the theoretical-methodological perspective of the sociology of everyday life. Participant observation and a comprehensive interview were used as procedures for searching for field information, in addition to informal conversations. Representatives of the “Associação Quilombola do Cumbe”, community leaders and social actors who practice or know the practices of the body participated as participants in the research. According to the analysis performed: (i). the corporal practices express a tradition that assumes a playful and festive sense; (ii). the “Festa do Mangue do Cumbe” consists of a ritual seen as an event of a political nature and an intercommunity celebration which assumes a sense of fun integrated into the struggle for free territory. The “Festa do Mangue do Cumbe” demands a sense of community leisure that takes place in spaces socially recognized as traditional by the social group; (iii). the “corpo pesqueiro-quilombola” manifests itself and makes visible the traditional-fishing and black quilombola identities by re-signifying and reinventing their corporal practices, idem by claiming and reaffirming their rights (territorial and cultural social) through traditional corporal practices, perceived as forms of cultural resistance; (iv). The "Cumê no Mato" belongs to the community habitus and transposes time while anchored in the tradition of going to the river. This ritual is renamed every day, given the joke of fishing and bathing in the river that give it a sense of tradition. While dance and body care give it a sense of reinvented tradition. The corporal practices present in the "Cumê no Mato" are interpreted as mechanisms of resistance, change and cultural reinvention, while these leave a social invisibility within the Brazilian society.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Educação Física (FEF)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, 2018.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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