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Título: “Não é porque eu sou pobre que eu não posso sonhar” : contribuições da musicoterapia em um grupo multifamiliar vulnerado pela pobreza
Autor(es): Valentin, Fernanda
Orientador(es): Conceição, Maria Inês Gandolfo
Assunto: Musicoterapia
Vulnerabilidade social
Terapia familiar
Data de publicação: 3-Abr-2019
Referência: VALENTIN, Fernanda. “Não é porque eu sou pobre que eu não posso sonhar”: contribuições da musicoterapia em um grupo multifamiliar vulnerado pela pobreza. 2018. 222 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: Essa pesquisa tem por objetivo implementar a Musicoterapia como recurso no Grupo Multifamiliar, junto a famílias vulneradas pela pobreza numa comunidade do entorno do Distrito Federal. Para isto se busca, como objetivos específicos compreender as interações sociais e familiares dessa comunidade, aplicar a musicoterapia no planejamento e implementação do Grupo Multifamiliar (GM) e analisar os resultados de tal aplicação. Este trabalho insere-se no campo da pesquisa qualitativa participativa com base no referencial teórico da Terapia Familiar Sistêmica e da Musicoterapia Comunitária, realizado no contexto de um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) de uma cidade satélite do Distrito Federal. Participaram do estudo 30 famílias acompanhadas pelo CRAS, em situação de pobreza e que já haviam verbalizado dificuldades no relacionamento familiar e/ou desejo de obter orientações sobre a educação dos filhos. Os instrumentos de coleta de informações foram: entrevistas semiestruturadas, jogos psicodramáticos e experiências musicais nos GM, registros dos encontros e das supervisões e questionário avaliativo aplicado à equipe. O GMM foi realizado em seis encontros com os seguintes temas: família; regras e organização; comunicação; transgeracionalidade; relacionamento, gênero e sexualidade; e projeto de vida. Cada encontro teve a duração de três horas, divididos em aquecimento, discussão e fechamento. Os encontros tiveram periodicidade quinzenal, intercalados com as supervisões da equipe, formada por 15 profissionais das áreas de psicologia, pedagogia, assistência social e musicoterapia. Para a interpretação das informações levantadas utilizou-se a análise temática e foram identificados quatro temas: música e organização espaço-temporal; música, afetos e reminiscências; música e sonhos; e significados atribuídos pelas famílias e pela equipe à experiência do GMM. O primeiro tema apresenta como as experiências musicais contribuíram para a organização espaço-temporal dos encontros, auxiliando famílias e profissionais. O segundo tema reflete sobre a tomada de consciência das famílias sobre as formas violentas de comunicação e a busca por transformação por meio de expressões afetuosas mediadas pela música e seu potencial de evocar memórias. O terceiro tema discute a capacidade de sonhar das famílias como uma estratégia de enfrentamento às adversidades e traça correlações com a música, ao se constituírem como ponte entre o mundo real e o da fantasia, nutrindo a esperança de uma vida melhor. O último tema abarca as impressões que as famílias e os profissionais tiveram do GMM. Por fim, destaca-se o valor da música em intervenções breves enquanto recurso que, com rapidez e emocionalidade, acessa e comunica com o público em questão e apresenta-se as limitações deste estudo e sugestões de futuras pesquisas.
Abstract: This research aims to investigate a Multifamily Music-Therapeutic Group experience, together with families vulnerable to poverty in a community located within the Federal District. For this purpose, the specific objectives are to understand the social and family interactions of this community, to apply music therapy in the planning and implementation of the Multifamily Group (MG) and to analyze the results of such application. This work is part of the qualitative participatory research based on the theoretical reference of Systemic Family Therapy and Community Music Therapy, carried out in the context of a Reference Center in Social Assistance (CRAS) of a satellite town in the Federal District. The study included 30 families who were accompanied by CRAS, who were living in poverty and who had already indicated difficulties in the family relationship and/or desire to obtain guidance on the education for their children. The instruments of information collection were: semi-structured interviews, psychodramatic games and musical experiences in the MG, records of meetings and supervisions and an evaluation questionnaire applied to the team. The Multifamily Music-Therapeutic Group (MMG) was held in six meetings with the following topics: family; rules and organization; communication; transgenerationality; relationship, gender and sexuality; and life project. Each meeting lasted three hours, divided into warm-up, discussion and closure. The meetings were held every 15 days, interspersed with the supervisions of the team, made up of 15 professionals from the areas of psychology, education, social assistance and music therapy. For the interpretation of the collected information, thematic analysis was used, and four themes were identified: music and space-time organization; music, affections and reminiscences; music and dreams; and meanings assigned by families and staff to the MMG experience. The first theme presents how the musical experiences contributed to the spatial-temporal organization of the meetings, assisting families and professionals. The second theme reflects on families' awareness of violent forms of communication and the quest for transformation through affectionate expressions mediated by music and its potential to evoke memories. The third theme discusses families' ability to dream as a coping strategy and to correlate with music, as a bridge between the real world and fantasy, nourishing the hope of a better life. The final theme covers the impressions families and professionals had of MMG. Finally, the value of music in brief interventions is highlighted as a resource that, with rapidity and emotionality, accesses and communicates with the public in question and presents the limitations of this study and suggestions for future research.
Unidade Acadêmica: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2018.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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