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Título: Observação e matematização nos escritos de navegação marítima de John Wallis e Edmond Halley : construção de uma investigação de filosofia natural no século XVII inglês
Autor(es): Oliveira, Pryscilla Torres Magalhães de
Orientador(es): Araújo, André Gustavo de Melo
Assunto: Navegação marítima
Observação
Wallis, John, 1616-1703 - crítica e interpretação
Halley, Edmond, 1656-1742 - crítica e interpretação
Data de publicação: 21-Dez-2018
Referência: OLIVEIRA, Pryscilla Torres Magalhães de. Observação e matematização nos escritos de navegação marítima de John Wallis e Edmond Halley: construção de uma investigação de filosofia natural no século XVII inglês. 2018. 96 f., il. Dissertação (Mestrado em História)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: Na Inglaterra do século XVII a navegação estava na agenda do dia da política, da economia e do mercado de publicações impressas e era tema de exame da primeira organização inglesa dedicada ao estudo da filosofia natural, a Royal Society of London for Improving Natural Knowledge, sendo John Wallis e Edmond Halley os filósofos que mais escreveram sobre esse tópico nas publicações impressas dessa instituição. Ainda nesse cenário, se, por um lado, a escrita dos manuais e tratados de navegação foi no sentido de valorizar a teoria, a abstração, o universal, a matemática e o empenho individual em desfavor dos elementos práticos e de observação empregados pelos navegadores; por outro, a investigação de filosofia natural prestigiou o conhecimento obtido a partir da observação, da prática, da experiência, do particular, do testemunho e do empreendimento coletivo, em desabono da doutrina, da teoria, da abstração, do universal e da matemática. Assim, pode-se delinear uma (aparente?) tensão entre essas considerações no sentido de constituir dois modos legítimos de produção do conhecimento sobre a natureza, podendo-se denominar o primeiro como matematização e o segundo como observação. Nesse sentido, o presente trabalho estuda a dinâmica entre observação e matematização nos escritos de navegação marítima de John Wallis e Edmond Halley, investigando se observação e matematização colocaram-se como formas opostas de obtenção do conhecimento sobre a navegação, ou se é possível identificar uma eventual flexibilidade na utilização dessas fontes na aquisição do saber. De fato, pesquisas historiográficas correntes contemplam matematização e observação enquanto alternativas: Eric Ash, por um lado, estudando a expertise na Inglaterra elisabetana, assinala que a abstração, o universal, a sofisticação matemática e o cunho individual tornaram-se os aspectos precípuos dos tratados e manuais de navegação, enquanto o conhecimento observacional e prático foi relegado; Lorraine Daston, Gianna Pomata, Brian Ogilvie, Steven Shapin e Simon Schaffer, por outro, analisando o século XVII, examinam a filosofia natural e um método experimental de produção do conhecimento centrados na observação, no experimento, no particular e na empresa coletiva, em descrédito à abstração e à doutrina. Esta investigação, por seu turno, traz à baila um panorama em que os escritos de navegação marítima de Wallis e Halley aproximam-se de uma conjunção entre observação e matematização, mobilizando complementarmente esses dois modos de produção do conhecimento e colocando em questão a necessidade de estudos historiográficos que concatenem tais formas de apreensão do saber.
Abstract: In seventeenth-century England navigation was on the agenda of the day for politics, economy and the market of printed publications and was a theme of study for the first English organization dedicated to the investigation of natural philosophy, the Royal Society of London for Improving Natural Knowledge, being John Wallis and Edmond Halley the philosophers who have written the most about this subject in the printed publications of this institution. Also in this scenery, if, on one hand, the writing of manuals and treatises of navigation emphasizes theory, abstraction, universal characteristics, mathematics and individual effort and played down the practical and observational elements employed by navigators; on the other, the natural philosophy investigation stresses the knowledge obtained through observation, practice, experience, particular aspects, testimony and collective enterprise and devalues doctrine, theory, abstraction, universal characteristics and mathematics. In this way, it can be circumscribed (an apparent?) tension between these considerations in the sense of constituting two legitimate modes of knowledge production about nature, being possible to assign the first as mathematization and the second as observation. In this sense, the present work examines the dynamics between observation and mathematization in the writings of maritime navigation of John Wallis and Edmond Halley, investigating if observation and mathematization were taken as opposed forms of obtaining knowledge about navigation, or if it is possible to identify an incidental flexibility in the use of these sources in the acquiring of knowledge. In fact, recent researches regard mathematization and observation as alternatives: Eric Ash, on one hand, studying the expertise in Elizabethan England, signals that abstraction, universal characteristics, mathematical sophistication and individual effort became the main aspects of treatises and manuals of navigation, while the observational and practical knowledge were relegated; Lorraine Daston, Gianna Pomata, Brian Ogilvie, Steven Shapin and Simon Schaffer, on the other, analyzing the seventeenth century, examine the natural philosophy and an experimental method of knowledge production centered on observation, experiment, particular characteristics and collective enterprise and that disrepute abstraction and doctrine. This investigation draws a picture in which the writings of maritime navigation of Wallis and Halley tend to a connexion between observation and mathematization, employing these two modes of knowledge production complimentary and pointing out to the need of studies that combine such forms of understanding.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de História (ICH HIS)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, Programa de Pós-graduação em História, 2018.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em História
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Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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