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Título: Putas mulheres : compartilhando saberes, construindo o cuidado
Autor(es): Costa, Ana Carolina Oliveira
Orientador(es): Guimarães, Sílvia Maria Ferreira
Assunto: Prostituição
Autocuidado
Mulheres - saúde e higiene
Saúde sexual
Saúde - políticas de prevenção
Data de publicação: 29-Out-2018
Referência: COSTA, Ana Carolina Oliveira. Putas mulheres: compartilhando saberes, construindo o cuidado. 2018. 215 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências e Tecnologias em Saúde)—Universidade de Brasília, Ceilândia, 2018.
Resumo: O debate sobre a prostituição é complexo e traz consigo diversas concepções construídas pela sociedade. Deste modo, cada grupo social tem uma forma própria de olhar para este fenômeno, podendo ancorar-se em fundamentos religiosos, médicos, éticos, jurídicos e de gênero, os quais conferem maneiras subjetivas, oscilantes e conflitantes de compreensão. Por atravessar o campo da moralidade, o trato com a temática gera tensões e visões dicotômicas. Entretanto, qualquer pretensão de radicalização da discussão correrá o risco de não captar as singularidades das situações de vida dos sujeitos que estão inseridos no trabalho sexual. Indo além deste radicalismo, que muitas vezes tem a prostituta ou como total vítima ou como ser subversivo, busco compreender o protagonismo das mulheres que exercem esta atividade, como agenciam o cuidado de si, como entendem os conceitos de saúde, adoecimento e cuidado e, sobretudo, os desafios vivenciados no acesso aos serviços de saúde. Por meio de um estudo etnográfico observei dois cenários de prostituição no Distrito Federal, localizados na Asa Norte e Planaltina, onde entrevistei dez mulheres. Estas mulheres, em seus contextos por vezes de precariedade e abandono, se reinventaram e desenvolveram estratégias de cuidado, com destaque para a espiritualidade e o engajamento político. Notavelmente eram mulheres dotadas de voz, de agência e cotidianamente resistiam, ressignificavam e muitas vezes positivavam suas experiências no trabalho sexual. A reflexão detalhada acerca do contexto social e a escuta sensível daquelas que estão no trabalho sexual é necessária para a compreensão do pano de fundo das situações vivenciadas pelas prostitutas no que diz respeito à sua saúde e vislumbrar políticas públicas mais adequadas. Formas de intervenção devem transcender às abordagens exclusivamente biomédicas numa direção a ações baseadas na promoção de direitos sociais.
Abstract: The debate on prostitution is complex and brings with it diverse conceptions built by society. In this way, each social group has its own way of looking at this phenomenon, and can be anchored in religious, medical, ethical, legal and gender foundations, which give subjective, oscillating and conflicting ways of understanding. By going through the field of morality, dealing with the thematic generates tensions and dichotomous visions. However, any pretension of radicalization of the discussion will run the risk of not grasping the singularities of the life situations of the subjects that are inserted in the sex work. Going beyond this radicalism, which often has the prostitute either as a total victim or as a subversive, I try to understand the protagonism of women who carry out this activity, how they care for themselves, understand the concepts of health, illness and care and, above all, the challenges faced in access to health services. Through an ethnographic study I observed two scenarios of prostitution in the Federal District, located in Asa Norte and Planaltina, where I interviewed ten women. These women, in their sometimes precarious and neglected contexts, reinvented themselves and developed care strategies, with emphasis on spirituality and political engagement. Notably they were women with voice, agency and daily resisted, resigned and often positivized their experiences in sex work. The detailed reflection on the social context and the sensitive listening of those who are in the sexual work is necessary for the understanding of the background of the situations experienced by the prostitutes regarding their health and to envisage more appropriate public policies. Forms of intervention must transcend exclusively biomedical approaches towards actions based on the promotion of social rights.
Unidade Acadêmica: Faculdade UnB Ceilândia (FCE)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde, 2018.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias em Saúde
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
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