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Título: Investigação de associação entre estimativas de ancestralidade genômica e evolução clínica após infarto agudo do miocárdio : Brasília Heart study
Autor(es): Furioso, Audrey Cecília Tonet
Orientador(es): Nóbrega, Otávio de Tolêdo
Assunto: Infarto do miocárdio
Genética humana
Coração - doenças - fatores de risco
Data de publicação: 23-Jan-2016
Referência: FURIOSO, Audrey Cecília Tonet. Investigação de associação entre estimativas de ancestralidade genômica e evolução clínica após infarto agudo do miocárdio: Brasília Heart study. 2015. 82 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: As doenças cardiovasculares (DCV) constituem a principal causa de morte nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Destaca-se o infarto agudo do miocárdio (IAM) como causa isolada responsável pela maior proporção de mortes por etiologia orgânica em homens e mulheres. A participação dos fatores de risco clássicos (tabagismo, sedentarismo, dislipidemias, hipertensão e outros) para o desenvolvimento do IAM encontra-se bem descrita na literatura. Entretanto, a contribuição da herança genética advinda de distintos grupos populacionais humanos (a exemplo do europeu, do africano sub-saariano e do ameríndio) para a manifestação fenotípica e a evolução clínica do IAM ainda é pouco mensurada. O presente estudo investigou a associação de estimativas de ancestralidade genômica, determinada por marcadores informativos de ancestralidade (AIMs), com variáveis clínicas e bioquímicas representativas de risco de recidiva ou de complicações no período pós-infarto em amostra da população brasileira, que se caracteriza em sua formação por um importante grau de ancestralidade tri-híbrida. As estimativas de ancestralidade [europeia (EUR), africana (AFR) e ameríndia (AMR)] foram determinadas pela genotipagem de 18 AIMs em 408 pacientes admitidos no Brasília Heart Study (BHS) com diagnóstico de IAM com supradesnivelamento do segmento ST. Variáveis bioquímicas (perfil lipídico, glicêmico e outras) foram medidas nas primeiras 24 horas pós-evento. Variáveis clínicas (antropométricas, pressóricas, gravidade de Killip-Kimbal e marcadores de lesão miocárdica) foram determinadas no quinto dia de hospitalização. A proporção média de ascendência individual determinada na amostra foi de (EUR = 70,4%), (AFR = 24,3%) e (AMR = 5,2%). Testes de correlações revelaram associação negativa entre níveis de ancestralidade AMR e as variáveis pressóricas [sistólica (P = 0,021); diastólica (P = 0,018)] e com a frequência cardíaca [FC; (P = 0,006)]. Regressões lineares confirmaram esses achados. Dicotomização da amostra entre portadores ou não de determinada ancestralidade confirmou, por aplicação do teste t de Student, valores médios aumentados das variáveis pressóricas [sistólica (P = 0,006); diastólica (P = 0,005); FC (P = 0,005)] entre sujeitos não-AMR. Observou-se também uma associação positiva ao analisar os valores médios aferidos para a variável PAD (P = 0.028) e uma tendência à significância estatística para a PAS (P = 0.056), entre indivíduos com ancestralidade EUR . Ademais, pela análise do qui-quadrado, houve maior frequência de história familiar de doença arterial coronariana entre portadores de ancestralidade AFR (P = 0,024) assim como maior proporção de uso de betabloqueadores entre sujeitos com ancestralidade EUR (P =0,020). Pelo conjunto exposto, nossos resultados sugerem que maior proporção genômica ameríndia no indivíduo pode conferir proteção ao fenótipo da hipertensão arterial sistêmica no curso clínico do pós-IAM.
Abstract: Cardiovascular diseases (CVD) are the leading cause of death in developed and developing countries. The highest proportion of deaths from organic etiology in men and women is caused by acute myocardial infarction (AMI). The contribution of the classical risk factors (smoking, physical inactivity, dyslipidemia, hypertension and others) to the development of AMI are well described in literature. However, the contribution of genetic heritage of different human population groups (such as the European, the sub-Saharan African and Amerindian) for phenotypic expression and the clinical evolution of AMI is still poorly measured. This study investigated the association of genetic ancestry, determined by ancestry informative markers (AIMs), with representative clinical and biochemical variables of risk of recurrence or complications in the post-infarction in a sample of the Brazilian population, which is characterized in their formation a material degree of ancestry tri-hybrid. Estimates of ancestry [European (EUR), African (AFR) and Native American (AMR)] were determined by genotyping 18 AIMs in 408 patients admitted to the Brazilian Heart Study (BHS) diagnosed with acute myocardial infarction with ST-segment elevation. Biochemical variables (lipid and glucose profiles, and others) were measured within the first 24 hours after the event. Clinical variables (anthropometric, blood pressure, Killip-Kimball classification and myocardial injury markers) were determined on the fifth day of hospitalization. The average ratio of individual ancestry at the sample was EUR = 70.4%, AFR = 24.3% and AMR = 5.2%. Correlation tests revealed negative association between levels of AMR ancestry and blood pressure [systolic (P = 0.021); diastolic (P = 0.018)] and heart rate [HR; (P = 0.006)] variables. Linear regressions confirmed these findings. Dichotomization of the sample between patients with or without a given ancestry confirmed increased mean values of the blood pressure variables [systolic (P = 0.006); diastolic (P = 0.005); FC (P = 0.005)] between subjects with non-AMR ancestry.It was also observed a positive association to analyze the mean values measured for the variable PAD (P = 0.028) and a trend towards statistical significance for SBP (P = 0.056) between individuals with EUR ancestry. Furthermore, the chi-square analysis showed that there was a higher frequency of family history of coronary artery disease among patients with ancestry AFR (P = 0.024) as well as a higher proportion of beta-blockers among individuals with ancestry EUR (P = 0.020). Based on the above considerations, our results suggest that a greater Amerindian proportion in the subject can provide protection to the phenotype of hypertension in the post-AMI clinical setting.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FMD)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2015.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2015.07.T.19236
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