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LunaBorgesPereiraSantos_TESE.pdf | 2,98 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título : | Justiça reprodutiva no Brasil : ações constitucionais em tempos de crises em saúde pública |
Autor : | Santos, Luna Borges Pereira |
Orientador(es):: | Diniz, Debora |
Assunto:: | Justiça reprodutiva Constitucionalismo Saúde pública |
Fecha de publicación : | 14-feb-2025 |
Data de defesa:: | 9-sep-2024 |
Citación : | SANTOS, Luna Borges Pereira. Justiça reprodutiva no Brasil : ações constitucionais em tempos de crises em saúde pública. 2024. 190 f. Tese (Doutorado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumen : | Nas Américas, o Brasil foi o único país a ser epicentro de duas crises globais em saúde pública que impactaram especialmente mulheres e meninas em idade reprodutiva. Esta tese se inspira em teorias feministas no direito e no feminismo negro para fazer perguntas ao tempo presente e analisar em qual contexto as mulheres foram vítimas dessas crises, quais disputas foram feitas na descrição de suas necessidades e como demandas pelo direito à saúde foram apresentadas por ações constitucionais e respondidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A pesquisa em arquivo, que inclui o período da epidemia de Zika, e se aprofunda na pandemia de Covid-19, procura se centrar em três aspectos de análise interconectados. O primeiro descreve qual foi o enquadramento das petições sobre necessidades em saúde apresentadas ao STF durante os primeiros dezoito meses da pandemia e como as estratégias se vincularam ao conceito jurídico político de justiça reprodutiva. O segundo apresenta como os movimentos utilizaram evidências e argumentos científicos ao peticionar o STF de modo a construir um método para construção de demandas por igualdade substantiva. O terceiro problematiza o tempo e conteúdo da resposta, analisando a atuação da própria Corte durante a pandemia de Covid-19, comparando o processo decisório na principal ação em saúde sexual e reprodutiva (ADPF 846, de pedido de retomada de vacinação para grávidas) e em outras no campo do direito à saúde demandado em momentos de crise. Argumento que os elementos para a definição, pela máxima autoridade judicial, do que são necessidades em saúde urgentes durante emergências em saúde pública foram enviesados por regimes de desigualdade. Regimes estes que afetam o vivido pelo corpo de mulheres em experiências de reprodução biológica e social durante determinados tempos históricos, como ambas as ações constitucionais enfocadas nesta tese (ADI 5581 e ADPF 846) exemplificam. Os achados de pesquisa são relevantes para delinear enquadramentos políticos e jurídicos adequados para a proteção do direito à saúde, em especial de saúde sexual e reprodutiva, durante crises, como também para temas constitucionalmente relevantes, em que conceitos como justiça social e justiça reprodutiva se encontram. |
Abstract: | In the Americas, Brazil uniquely faced the epicenter of two global public health crises— the Zika epidemic and the COVID-19 pandemic— that disproportionately affected women and girls of reproductive age. This dissertation employs feminist theories of justice and black feminist thought to understand the context in which women became victims of these crises, the debates surrounding their needs, and how their demands for the right to health were articulated through constitutional actions and addressed by the Supreme Federal Court (STF). The research, grounded in archival analysis spanning both crises, focuses on three interconnected aspects. First, it theoretically examines the concepts of needs, rights, and justice, and their relationship to the concept of reproductive justice within the Brazilian context. Second, it analyzes how civil society utilized scientific evidence and arguments when petitioning the STF, considering the literature on the potential and limitations of achieving substantive equality through judicial interventions. Third, it analyzes the timing and content of the STF’s responses to Direct Actions for the Declaration of Unconstitutionality (ADIs) and Claims of Non-Compliance with a Fundamental Precept (ADPFs) during the first eighteen months of the pandemic, with a comparative analysis of the Court’s decision-making in the prominent case of ADPF 846 (regarding the resumption of vaccination for pregnant women) and other cases related to the right to health during emergencies. This dissertation argues that the Court’s definition of urgent health needs during these public health emergencies was influenced by regimes of inequality, which have shaped women’s experiences of biological and social reproduction in specific historical contexts. The findings offer insights into developing effective political and legal frameworks for safeguarding the right to health, particularly sexual and reproductive health, in times of crisis. They also contribute to constitutionally significant debates where concepts of social justice and reproductive justice intersect. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Direito (FD) |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Direito |
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Aparece en las colecciones: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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